SENDO MAIS UMA VEZ USADA POR DEUS…

Um testemunho de Carmen Sílvia Musa Lício:


Na década de 1980 eu estava trabalhando num plantão avulso em um hospital aqui de São Paulo quando aconteceu um verdadeiro milagre…

Eu estava cuidando de uma paciente, grávida de 9 meses. O trabalho de parto estava em andamento, coloquei um soro com remédio para as contrações serem mais adequadas e, ao conversar com ela, soube que esta era a sua terceira gravidez, sendo que as duas anteriores terminaram em aborto espontâneo. Ela estava muito apreensiva, pois desejava muito ser mãe, assim como o seu marido desejava ser pai.

Continuei a cuidar do seu trabalho de parto, esperando que fosse um parto normal. Assim eu mesma o faria, pois naquela época uma enfermeira obstétrica podia fazer o acompanhamento do trabalho de parto, bem como o parto em si.

Depois de um tempo percebi que o colo uterino não dilatava mais, sendo impossível realizar o parto normal. Então chamei o médico obstetra, que a avaliou e após um tempo resolveu que seria melhor fazer uma cesariana.

Encaminhou-a ao Centro Cirúrgico e eu a acompanhei. Expliquei para ele que ela já havia sofrido dois abortos espontâneos e este parto era muito importante para ela e para o marido.

Foi anestesiada e o médico fez um pequeno corte na barriga para abrir o útero. Achei muito pequeno, mas ele argumentou que seria melhor para que a cicatriz ficasse melhor.

Abriu o útero, colocou a sua mão dentro para puxar a cabeça do feto, mas não conseguiu trazer para fora… Puxou várias vezes, mudando a posição da mão, tentando trazer o feto para fora, mas depois de poucos minutos disse que não estava conseguindo e que o feto morreria pelo tempo que já estava tentando nascer.

Parou um pouco e, quando achei que já estava desistindo, pedi licença. Ele deu, calcei rapidamente um par de luvas e fui fazer o melhor possível. Enquanto puxava a cabeça do feto e tentava encaixar no corte para o seu nascimento fiquei em oração e após pouco tempo consegui trazer o feto para fora.

Ele não chorou e eu o coloquei na mesa dos primeiros atendimentos ao Recém-nascido na Sala de Parto, onde o pediatra o avaliou e disse que ele já estava em Óbito e não tinha nada mais que pudesse fazer.

Eu fiquei espantada pois ele nem havia aspirado a boca dele, nem tentado ressuscitar, nem dado oxigênio… Então eu disse:

-Já que não tem mais jeito, posso cuidar dele?

Ele disse que sim, mas que não iria adiantar…

Eu peguei o Recém-nascido, fiz uma manobra de virar de bruços sobre a minha mão esquerda , passar a mão nas suas costas, dar um pequeno ‘tapinha’ nas costas, tentando fazer com que colocasse para fora qualquer líquido que pudesse estar obstruindo os pulmões, depois o coloquei de costas, deitado, aspirei com uma sonda e como ainda não estivesse respirando, comecei a fazer manobras de ressuscitação no coração. Estava orando durante todo o tempo, em pensamento, mas de repente comecei a orar de uma forma que todos os que estavam na sala ouviam…

Após alguns minutos o bebê começou a chorar e eu o coloquei nas mãos do pediatra.

Foi uma comoção geral.

Depois de tudo resolvido, ao sair do plantão, o médico que auxiliou na Cesária me viu na porta do hospital e me perguntou onde eu morava e como iria voltar. Eu disse que morava na região do Butantã e ele disse que morava no caminho, bem próximo à minha casa e me deu carona.

No caminho fomos conversando e ele me disse que era ateu mas que depois que viu o que o meu Deus fez naquela criança ficou perplexo e começou a acreditar que Deus existe.

Dei o meu testemunho de vida e ele me levou até a minha casa, onde meu marido e filhos me esperavam.

Depois de uma semana voltei ao hospital e soube que a moça e o seu bebê tiveram alta e estavam bem.

Fiquei muito feliz e mais uma vez agradecida por Deus ter me usado de uma forma tão especial…

Carmen Sílvia Musa Lício

Carmen Musa nasceu em 15/09/1952 na Cidade de São Paulo/SP.

Filha de pastor (Wilson Nóbrega Lício), sobrinha de pastores (Mário Lício e Miguel Rizzo Jr), prima de outro pastor (Paulo Lício Rizzo), cresceu na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, onde o seu pai foi pastor por 20 anos.


Converteu-se aos 17 anos, juntamente com a sua irmã, em um culto de despedida do missionário Haroldo Reimer, na Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo. Isto aconteceu em 27 de Junho de 1970. Após pouco mais de 2 meses sua irmã Nilza Maria faleceu, aos 15 anos, em um acidente de carro, e isto mudou todo o rumo da sua vida. Resolveu então ser enfermeira para cuidar das pessoas, tanto física, quanto emocional e espiritualmente, levando o evangelho de Jesus por onde quer que fosse.


Agora, já aposentada, dedica-se mais a escrever crônicas, poemas, alguns livros e a compor alguns corinhos, além de auxiliar, de alguma forma, a quem a procura solicitando algum aconselhamento espiritual para a sua vida.
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Minha Oração

Jesus, meu amado mestre
razão maior do meu viver
quero sempre Te oferecer
meu coração, todo meu ser
.

Quando perdida me encontrava
foi Teu amor que me resgatou
me dando Vida, uma canção nova,
Imensa alegria de viver

Que a minha vida possa ser
verdadeira canção de amor,
Então, assim, resplandecer
Não pelos meus méritos
mas pelos Teus
Pela Tua ação em meu viver
.

Jesus, meu amado Mestre
Meu coração transborda
de gratidão, paz, amor a Ti
Muito obrigada pelo Teu amor
Muito obrigada pela Tua Salvação.

by Carmen, a Musa
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