2023 – MILHÕES IRÃO MORRER!

Qual é, de fato, a segurança
Que contra a morte se desfruta?
Pois ela impera, absoluta,
E se aproxima, sem tardança.
Ninguém escapa desta herança
E a morte chega, resoluta,
Imprevisível em sua conduta,
Impondo forte liderança.

Jovem, adulto ou criança,
Bem pouco importa; ela recruta,
Sua sentença ela imputa:
Pra o pecador não há esperança,
O inferno triste é sua herança,
A morte eterna se executa
Pois sua vida é dissoluta,
Não tem de Deus a governança.

É sábio quem faz aliança
Com Jesus Cristo e assim desfruta
De Sua ação substituta
E encontra a bem-aventurança.
A cruz de Cristo afiança:
Sua morte de forma impoluta
Tirou o mal de forma justa
E ressurgiu! Há esperança!

No pecador há uma mudança,
Sua maldade não oculta,
E, arrependido, em Cristo exulta,
Tem vida eterna e segurança.
No amor de Deus então descansa,
Até a morte enfrenta a luta,
E busca agora em sua conduta
Ter com Jesus a semelhança.

Gilberto Celeti

“Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus. Todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer…… pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus apresentou como propiciação, no seu sangue, mediante a fé.” (Romanos 3:10-12,23-25).

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6:23).

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores.” (Romanos 5:8).

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus. A condenação é esta: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal detesta a luz e não se aproxima da luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” (João 3:16-20).

“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez por todas para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, não para tirar pecados, mas para salvar aqueles que esperam por ele.” (Hebreus 9:27,28).

“Pois Deus nos salvou e nos chamou para uma vida santa, não porque merecêssemos, mas porque este era seu plano desde os tempos eternos: mostrar sua graça por meio de Cristo Jesus. E agora ele tornou tudo isso claro para nós com a vinda de Cristo Jesus, nosso Salvador, que destruiu o poder da morte e iluminou o caminho para a vida e a imortalidade por meio das boas-novas.” (2 Timóteo 1:9,10 – Versão Transformadora).

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Em 1648, John Owen escreveu o livro “POR QUEM CRISTO MORREU?”, que tinha como subtítulo a seguinte frase: “A Morte da Morte na Morte de Cristo”. John Owen (1616-1683) nascido na Inglaterra, juntamente com João Calvino e Jonathan Edwards, são considerados os três maiores teólogos reformados.

Acesse no site o PDF deste livro numa versão simplificada:
https://gilbertoceleti.wordpress.com/2023/01/03/por-quem-cristo-morreu/

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7. SANTIFICAÇÃO (14 sonetos).
8. ADORAÇÃO E LOUVOR (13 sonetos).
9. CONSAGRAÇÃO (13 sonetos).
10. VITÓRIA (23 sonetos).
11. SEMPRE EM CRISTO (20 sonetos).
12. NO OCASO DA VIDA (8 sonetos).

Qual a causa de uma pessoa não se sentir adequada ao gênero que recebeu ao nascer?

Como lidar com uma criança, chamada hoje de transexual, que desde bem pequena tem trejeitos homossexuais? Agora a mãe da criança autorizou que tenha o seu nome mudado na escola, inclusive aproveitando-se de uma lei já aprovada neste sentido (direito ao uso de “nome social”). Qual seria a causa deste comportamento? Seria por questão hormonal, ou por ter sofrido abuso sexual, ou por uma ação direta de demônios a quem os antepassados da criança serviram e que agora fazem uma espécie de reivindicação?

RESPOSTA:

UM FATO INQUESTIONÁVEL

O fato inquestionável é que há apenas dois gêneros. Qualquer análise do DNA de uma pessoa, mesmo que seja do seu esqueleto que estava enterrado há séculos, sempre vai resultar na identificação de que a pessoa era ou do gênero masculino ou do feminino. A pessoa até pode ter se comportado de maneira homossexual e vivido como mulher (sendo homem) ou o contrário. Não fará nenhuma diferença no diagnóstico cientifico. Quem, de fato, nasce homem nunca terá condições de gerar um filho como se fosse mulher. E vice-versa. E o fato de mudar de nome significaria menos ainda.

Então precisamos em primeiro lugar destacar duas coisas:
• O que uma pessoa é por nascimento > isto nunca irá mudar!
• O que uma pessoa se torna por seu comportamento > isto, sim, se modifica e é a razão pela qual temos os inúmeros e variáveis comportamentos LGBT (mais recentemente acrescidos de outras letras, que não vamos analisar aqui).

COMO CLASSIFICAR ESTES COMPORTAMENTOS?

Por serem comportamentos contrários à chamada “lei da natureza”, acabam sendo considerados como antinaturais, anormais, irregulares, anômalos, monstruosos, desarmônicos, dissonantes, errados. Se tal comportamento se tornasse uma prática adotada por todas as pessoas, aconteceria o que chamar-se-ia
o “suicídio da raça”, a própria extinção da raça humana, pois nenhuma criança pode ser gerada sem o concurso de um homem com uma mulher.

COMO ENTENDER ESTA REALIDADE?

Muitas explicações têm sido apresentadas para o entendimento desta realidade, no entanto é impossível encontrar uma tão completa e compreensível como a que é apresentada nas páginas da Bíblia Sagrada, ao registrar o fenômeno da Queda. O ser humano, criado de forma perfeita à imagem e semelhança do Criador, foi enganado por Satanás, e abriu espaço para que a realidade do pecado se instalasse.

O evento da desobediência de Adão e Eva mostra como eles erraram o alvo para o qual haviam sido criados. Isso os deixou totalmente vulneráveis ao conhecimento do bem e do mal, sem, no entanto, ter ciência de como enfrentar o mal agora instalado também em seus próprios corações, e impossibilitados efetivamente de fazer o bem.

Esta saga da história humana é contada e cantada de pais para filhos, na arte, na música, na literatura, na religião, em todas as civilizações e culturas, numa busca incessante do bem, sem conseguir escapar dos tentáculos do mal. A morte, introduzida pelo pecado, trouxe dores, doenças, epidemias, angústias, perturbações, mentiras, crimes, violências, explorações, catástrofes, guerras e as perspectivas sempre apocalípticas presentes no horizonte de todos os povos.

No relato da Escritura Sagrada, a bem-aventurança anterior à Queda é uma realidade perdida e os filhos de Adão e Eva, que só vieram a nascer após os seus pais terem sido tão tragicamente expulsos do Paraíso, só souberam a respeito do Jardim do Éden porque os seus pais lhes relataram. Todos os filhos e seus respectivos descendentes, gerados à semelhança de Adão e Eva, passaram a trazer em sua natureza aquilo que pelos seus pais tinha sido introduzido: o pecado e a morte.

Esta realidade nua e crua é definida assim na Bíblia: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado veio a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram” (Romanos 5.12). Este texto faz eco ao que já havia sido dito no Antigo Testamento: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Salmo 51.5); e ainda: “Os ímpios se desviam desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras. Têm veneno semelhante ao veneno da serpente; são como a víbora surda, que tapa os ouvidos” (Salmo 58.3, 4).

Sintetizando, o retrato mais fiel dos homens e das mulheres, ao longo de toda a história, até os dias de hoje, é exatamente este: “Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus. Todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua enganam, veneno de víbora está nos seus lábios. A boca, eles a têm cheia de maldição e amargura; os seus pés são velozes para derramar sangue. Nos seus caminhos, há destruição e miséria; eles não conhecem o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos” (Romanos 3.10-18). Todo comportamento antinatural é resultado da Queda; é pecado.

UMA MENTE SÁBIA, PODEROSA E MALIGNA HAVIA ENTRADO EM AÇÃO

Evidentemente, fica claro na explicação do que aconteceu, que houve a ação de uma mente extremamente sábia e astuta, de um ser angelical, identificado como Lúcifer, que enganou os primeiros pais da raça humana. Em todas as épocas este ser, também chamado Satanás, age por meio de vários outros agentes, em todas as sociedades. Certa vez o apóstolo Paulo desmascarou um destes que se apresentava como profeta, e disse-lhe estas palavras: “Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a maldade, inimigo de toda a justiça, por que você não deixa de perverter os retos caminhos do Senhor?” (Atos 13.10).

Repare bem que estas ações do inimigo de Deus de enganar, de usar de maldade, de praticar a injustiça e de perverter o que é correto acontecem em todas as esferas da vida humana, manipulando as pessoas e as circunstâncias com a máxima sagacidade. O êxito também não é tão difícil porque a natureza pecaminosa, que faz parte da estrutura humana, é sua grande aliada.

A situação das criaturas humanas é exatamente esta: vivem “na vaidade dos seus próprios pensamentos, tendo o seu entendimento obscurecido, separados da vida que Deus concede, por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração. Tendo-se tornado insensíveis, eles se entregaram à libertinagem para, de forma desenfreada, cometer todo tipo de impureza” (Efésios 4.17-19).

QUAL A CAUSA DO COMPORTAMENTO TRANSEXUAL DE UMA CRIANÇA?

A pergunta feita foi esta: Qual seria a causa do comportamento transexual de uma criança, que inclusive tem o apoio da mãe? Seria por questão hormonal, ou por ter sofrido abuso sexual, ou por uma ação direta de demônios a quem os antepassados da criança serviram e que agora fazem uma espécie de reivindicação?

Quero destacar nesta pergunta a palavra “comportamento”. Veja bem, todo e qualquer comportamento, seja bom ou seja mau, pode ser aprendido. O mau comportamento pode decorrer do ensino e exemplos que se recebe, de ações abusivas sofridas e da influência diabólica explícita, pois há pessoas que se entregam a isto trazendo consequências a outros de seu relacionamento. Porém, não se pode esquecer que o mau comportamento resulta também do arbítrio pessoal de cada um, a tendência inata para realizar más escolhas por conta da queda do homem e da entrada do pecado no mundo.

O bom comportamento será resultado do ensino recebido e repetido, com incentivos e exemplos. Mas há um elemento sobrenatural envolvido também.

FAZENDO DIFERENÇA ENTRE COMPORTAMENTO E NATUREZA

A melhor maneira de entender e conseguir ajudar é concentrar a atenção e a ação na natureza da criança, ou mesmo do jovem ou adulto, e não no comportamento. A mudança necessária tem que acontecer na natureza e não no comportamento, independentemente de como este comportamento foi adquirido. Todo ministério cristão deve ter como alvo conduzir pessoas a uma mudança em sua natureza, e não apenas em seu comportamento.

Quando Jesus Cristo teve aquela conversa extraordinária com Nicodemos, afirmou uma verdade inquestionável: “Em verdade, em verdade lhe digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus. Nicodemos perguntou: ‘Como pode um homem nascer, sendo velho? Será que pode voltar ao ventre materno e nascer uma segunda vez?’ Jesus respondeu: ‘Em verdade, em verdade lhe digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não fique admirado por eu dizer: Vocês precisam nascer de novo’”. (João 3.3-7). Nunca houve e nunca jamais haverá alguém que possa dizer algo mais impactante.

A ABSOLUTA NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO

Jesus disse que o que nasce da carne é carne. Uma pessoa pode até aprender certo comportamento bom e correto, mas isso não muda a sua natureza. Ela continua sendo carne. Se olharmos ao nosso redor, vamos observar que existe um grande número de pessoas que, pela providência de Deus, ainda possuem “bom senso” e praticam o que chamamos de “bom” comportamento. Entretanto, mesmo fazendo o que é razoável e correto, todos, sem exceção, estão debaixo do pecado. As Escrituras Sagradas patenteiam que não é por bom comportamento, ou por boas obras, que alguém se livra do próprio pecado e da escravidão do mesmo. É necessário que haja um Novo Nascimento, que promova uma mudança na natureza da pessoa. Ela precisa nascer do Espírito.

O que realmente tem valor não são as questões comportamentais e, sim, a transformação da vida, que acontece pela ação sobrenatural do Espírito Santo de Deus. Ele regenera a pessoa, dá-lhe a salvação e dá-lhe uma nova vida, a vida eterna.

No caso do ministério com crianças, ou com quem quer que seja, o que deve ser feito primordialmente é a evangelização, que consiste exatamente em anunciar “que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15.3, 4). Cada pessoa precisa conhecer o evento mais surpreendente, relevante e importante que já ocorreu neste mundo.

Jesus ilustrou isto quando conversou com Nicodemos dizendo-lhe: “E assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus. A condenação é esta: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal detesta a luz e não se aproxima da luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (João 3.14-21).

O MAIS ESPETACULAR ACONTECIMENTO DE TODA A HISTÓRIA

Este é o mais espetacular acontecimento de toda a história: Jesus Cristo, crucificado em grande agonia e dor, derramou o Seu sangue para tirar completamente a maldição do pecado não só da raça humana, mas de todo o universo, como está registrado em Colossenses 1.19,20: “Aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus”. Isto é surpreendentemente maravilhoso!

Todo aquele, que se arrepende de seus pecados e pela graça de Deus deposita a sua fé em Jesus Cristo, sabe que Jesus anulou os efeitos do mal, destruiu as obras do diabo e lhe deu uma nova natureza; agora a sua conduta e comportamentos estão numa outra esfera. Esta pessoa é inteiramente nova em Cristo, está sendo habitada pelo Espírito Santo, tornou-se filha de Deus e agirá a partir desta nova perspectiva, no poder do Senhor. Pouco importa quais tenham sido os seus comportamentos anteriores, ela se torna uma nova criatura. Mesmo os seus chamados “bons comportamentos” não lhe acrescentaram e nem lhe valeram de nada. O que ela sabe é que agora, em Cristo, se tornou uma nova pessoa! “E, assim, se alguém está em Cristo é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5.17).

Ser um cristão não tem nada a ver com simplesmente praticar uma moralidade preocupada em fazer as coisas certas, que sejam aceitáveis, apenas na busca de sua própria satisfação pessoal e aceitação. Nada disso. Ser cristão é passar a viver para mostrar o quanto Deus é bom, e tudo quanto vier a fazer será para que o Deus Triúno seja glorificado.

QUAL A ATITUDE A SER ADOTADA DIANTE DESTAS QUESTÕES QUE ESTAMOS CONSIDERANDO

Trabalhemos com todas as pessoas, sejam as de bom ou de mau comportamento, sem qualquer discriminação, amando e orando para que venham a ter suas vidas transformadas pelo Senhor e Salvador Jesus Cristo, como um dia aconteceu também conosco; afinal, não somos melhores que ninguém, tanto é que podemos afirmar como o apóstolo Paulo: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1.15).

Quando um cristão diz que é o principal dos pecadores está olhando o quadro completo, pois “nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem afeminados, nem homossexuais, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o Reino de Deus”. (1 Coríntios 6.9, 10). E, por ter sido salvo por Jesus Cristo, ele reconhece: “Alguns de vocês eram assim. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1 Coríntios 6.11). Por essa razão, esse cristão pode anunciar o Evangelho com toda a ousadia: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16). Como é grande o privilégio de compartilhar o Evangelho do amor e do poder de Deus!

No entanto, é preciso ter em mente que mesmo as pessoas, que não apresentam este comportamento que estamos agora considerando inadequado e que aparentemente estejam fazendo as coisas certas, estão na mesma situação, pois a realidade é uma só em relação a todas as pessoas: estão todas indistintamente debaixo do pecado! Veja só o que está escrito na Escritura Sagrada: “Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus. Todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua enganam, veneno de víbora está nos seus lábios. A boca, eles a têm cheia de maldição e amargura; os seus pés são velozes para derramar sangue. Nos seus caminhos, há destruição e miséria; eles não conhecem o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos” (Romanos 3.10-18). A conclusão é uma só: “… todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3.23, 24); “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23).

Todos, sem exceção, necessitam ouvir o evangelho, arrepender-se de seus pecados e crer em Cristo, para que sejam salvos. O “bom comportamento” não ajuda em nada nesta questão. Por esta razão está escrito: “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8, 9). Vamos pregar o evangelho a todos, sejam pessoas de bom ou de mau comportamento.

VIVAMOS EM NOVIDADE DE VIDA

Então, todos aqueles que ouvirem, crerem e receberem a Cristo passam a estar com Ele unidos para andar “em novidade de vida” (Romanos 6.4), adotando um modo de viver de quem pode dizer em alto e bom som: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1 Coríntios 6.12). Assim, por compreenderem que possuem uma nova vida em Cristo, aprendem que o seu próprio corpo é agora santuário do Espírito Santo, que receberam de Deus e que está neles, e por isso eles não pertencem mais a sim mesmos. Com alegria, recebem do próprio Senhor a instrução: “Vocês foram comprados por preço. Agora, pois, glorifiquem a Deus no corpo de vocês” (1 Coríntios 6.19, 20).

Chamados para andar cada dia com e como Jesus, que cada cristão coloque-se no contexto em que se encontra como fiel testemunha de Cristo, para falar de Sua Pessoa e de Sua obra, não discriminando ninguém, seja qual for o comportamento que a pessoa apresente, mas com disposição para compartilhar a verdade com amor, atendendo especialmente à recomendação da Palavra de Deus em Filipenses 2.12-16: “… desenvolvam a sua salvação com temor e tremor, porque Deus é quem efetua em vocês tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. Façam tudo sem murmurações nem discussões, para que sejam irrepreensíveis e puros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual vocês brilham como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida.”

Agindo assim, veremos o poder de Deus atuando nas crianças, nos adultos e em todos a fim de que, independentemente de quais tenham sido as causas do comportamento transexual, que outrora tiveram, foram em Cristo Jesus transformados e agora fazem parte do reino de Deus.

Que Deus nos fortaleça com a confiança nestas palavras abençoadas: “Quero que sejam sábios no que diz respeito ao bem, e simples no que diz respeito ao mal. E o Deus da paz, em breve, esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês. A graça de nosso Senhor Jesus esteja com vocês” (Romanos 16.19, 20).

Gilberto Celeti

Trabalhando na Aliança Pró Evangelização das Crianças, desde dezembro de 1973.

salmo 119 – verso 67

“Antes de ser afligido, eu andava errado, mas agora guardo a tua palavra.” (Salmo 119:67).

Estamos considerando este grupo de oito versículos (65 a 72) iniciados com a 9ª letra do alfabeto hebraico, a letra “Têt”, como que significando a ciclo da vida, onde desde a gestação, nascimento, passando pelas diversas fases de desenvolvimento, acabamos chegando ao final, voltando ao pó. Em todo este período, vamos colocando no “cesto, ou cofre” de nossa vida, tudo quanto pensamos, sentimos, fazemos, falamos e, cada um haverá de prestar contas ao Criador. Este assunto de julgamento não é popular e nem mencionado, mas é necessário que seja trazido ao coração para nossa meditação. Veja, por exemplo, pelo menos em três textos, o que a Palavra de Deus fala sobre ele:

  • Eclesiastes 12:13,14 – “De tudo o que se ouviu, a conclusão é esta: tema a Deus e guarde os seus mandamentos, porque isto é o dever de cada pessoa. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”
  • Mateus 25:31-46 – “Quando o Filho do Homem vier na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. Todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos: porá as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda.  Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; eu era forasteiro, e vocês me hospedaram; eu estava nu, e vocês me vestiram; enfermo, e me visitaram; preso, e foram me ver.’ Então os justos perguntarão: ‘Quando foi que vimos o senhor com fome e lhe demos de comer? Ou com sede e lhe demos de beber? E quando foi que vimos o senhor como forasteiro e o hospedamos? Ou nu e o vestimos? E quando foi que vimos o senhor enfermo ou preso e fomos visitá-lo?’ O Rei, respondendo, lhes dirá: ‘Em verdade lhes digo que, sempre que o fizeram a um destes meus pequeninos irmãos, foi a mim que o fizeram.’ Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastem-se de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e vocês não me deram de beber; sendo forasteiro, vocês não me hospedaram; estando nu, vocês não me vestiram; achando-me enfermo e preso, vocês não foram me ver.’ E eles lhe perguntarão: ‘Quando foi que vimos o senhor com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não o socorremos?’ Então o Rei responderá: ‘Em verdade lhes digo que, sempre que o deixaram de fazer a um destes mais pequeninos, foi a mim que o deixaram de fazer.’ E estes irão para o castigo eterno, porém os justos irão para a vida eterna.”
  • Apocalipse 20:11-15 – “Vi um grande trono branco e aquele que está sentado nele. A terra e o céu fugiram da presença dele, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, que estavam em pé diante do trono. Então foram abertos livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que estava escrito nos livros. O mar entregou os mortos que nele estavam. A morte e o inferno entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado no lago de fogo.”

Voltando ao Salmo 119:67, o salmista fala de uma mudança significativa ocorrida em sua via, ao afirmar: “Antes de ser afligido, eu andava errado, mas agora guardo a tua palavra.” Esta tem sido a experiência de milhares de homens e mulheres, que reconheceram que andavam num caminho errado, não seguiam numa boa direção, que na verdade reconheceram que estavam perdidos, que caíram em si, deram meia-volta e seguiram para o caminho certo, reto. São todos quantos se converteram de seus erros, de seus maus caminhos, do seu pecado. Você já sabia que “errar o alvo” é uma das mais excelentes definições sobre o pecado? O salmista reconheceu que havia “errado o alvo”.

No caso do salmista sua percepção foi alcançada após ter ele experimentado aflição. Que tipo de angustia atingiu seu coração? Que o deixou inquieto, agoniado? Deus permite que perdas venham sobre uma pessoa: de saúde, de bens, de amigos, de esperanças. Não é fácil suportar doenças, dificuldades financeiras, separações, luto, desemprego, problemas com relacionamentos, perseguições, ações más e violentas.

Deus conhece o modo mais apropriado para levar um coração a “cair em si”, e começar a pensar: ‘Eu tenho andado longe de Deus, o estilo de vida que adotei é errado e mau, estou sendo negligente para com a realidade espiritual, estou totalmente tomado pelas ambições e pela busca de prosperidade, tenho confiado em tantas coisas, menos em Deus, tenho falhado com os meus hábitos pecaminosos, tenho sido orgulhoso, prepotente, não tenho demonstrado calma, nem gentileza, nem generosidade.’ Veja que texto precioso do profeta Jeremias: “Tu me castigaste, e fui castigado como novilho ainda não domado. Converte-me, e serei convertido, porque tu és o Senhor, o meu Deus. Na verdade, depois que eu me afastei, eu me arrependi; depois que fui instruído, bati no peito; fiquei envergonhado.” (Jeremias 31:18,19).

O salmista poderia muito bem fazer suas as palavras proferidas pelo rei Ezequias, quando acometido por uma doença mortal, em extrema aflição, obteve a cura e um acréscimo de mais quinze anos de vida. Ezequias orou e sua oração ficou registrada no livro de Isaías, onde em certo momento ele declarou: “Eis que foi para a minha paz que eu tive grande amargura; tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados.” (Isaías 38:17).

A história do filho pródigo é o mais precioso e impactante exemplo de conversão. Imagine a sua aflição após ter perdido todos os seus bens, ter sido abandonado por todos os seus amigos, ter sido humilhado com a atividade tão degradante a ser exercida num chiqueiro de porcos. Ele ficou de fato angustiado, extremamente deprimido. Ali foi quando ele “caiu em si” e pode dizer para si mesmo “eu andava errado”, como o salmista se expressou. E voltou para o trilho certo, voltou para o seu pai. Igual ao filho pródigo há milhões de indivíduos ao longo da história, em todo o mundo.

No tempo do salmista, quando o pecador reconhecia o seu pecado, ela sabia que precisava ser castigado e para obter o perdão e voltar ao trilho certo, precisava trazer um cordeiro para ser castigado em seu lugar. O livro de Levítico mostra claramente como estes sacrifícios devam ser realizados. Havia a consciência que “a vida da carne está no sangue. Eu o tenho dado a vocês sobre o altar, para fazer expiação pela vida de vocês, porque é o sangue que fará expiação pela vida.” (Levítico 17:11). A Palavra de Deus é clara sobre este assunto: “e sem derramamento de sangue não há remissão.” (Hebreus 9:22). E uma das mais preciosas mensagens, tão curta, mas tão profunda, foi pregado por João Batista, quando apontou para Jesus e afirmou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). E Jesus Cristo “se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado.” (1 João 3:4,5). Por isso Jesus foi até a morte e morte de cruz. Por isso está escrito que o sangue de Jesus, o Filho de Deus, “nos purifica de todo pecado.” (1 João 1:7). Ele morreu, foi sepultado, mas ressuscitou e está vivo. Ele é o único que pode salvar o pecador perdido.

Hoje, podemos dizer que as boas novas da salvação estão sintetizadas nesta porção bíblica: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus. A condenação é esta: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal detesta a luz e não se aproxima da luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” (João 3:16-21).  Observe bem que diante do julgamento que haverá, quando cada um prestará contas de si mesmo diante do Eterno Deus, todos que se arrependeram de seus pecados e creram em Jesus Cristo, podem confiar na Palavra de Deus: “Agora, pois, já não existe nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus.” (Romanos 8:1).

Fica aqui um convite para você, que está lendo a mensagem de hoje. Trata-se do hino 297 de Salmos e Hinos, com letra de Elisha Albright Hoffman (1839-1929) e música de Philip Paul Bliss (1838-1876):

A todo o que crê no Filho de Deus,
Que para remir-nos veio dos céus,
Ao que vem, contrito, a Deus se chegar,
Jesus está pronto sempre a salvar.

Sim, ouve a Jesus; oh, vem, pecador!
Aceita o convite do Seu amor!
Na cruz padeceu em nosso lugar
E pode, hoje mesmo e agora, salvar.

Quem, arrependido, busca perdão,
Abrindo a Jesus o seu coração,
A paz hoje mesmo pode gozar,
Pois Ele está pronto sempre a salvar.

Há um outro exemplo que podemos considerar, de Asafe, que também escreveu diversos salmos. Num deles lemos: “De fato, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo. Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos maus. Para eles não há preocupações, o seu corpo é forte e sadio. Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros. Por isso, a soberba os cinge como um colar, e a violência os envolve como um manto. Os olhos saltam-lhes de tanta gordura; do coração deles brotam fantasias. Zombam e falam com maldade; falam da opressão com arrogância. Abrem a boca para falar contra os céus, e a língua deles percorre a terra. Por isso, o seu povo se volta para eles e os tem por fonte da qual bebe com avidez. Eles dizem: “Como Deus ficará sabendo? Por acaso o Altíssimo tem algum conhecimento?” Eis que estes são os ímpios; e, sempre tranquilos, aumentam as suas riquezas. Com certeza foi inútil conservar puro o meu coração e lavar as minhas mãos na inocência. Pois o dia inteiro sou afligido e cada manhã sou castigado. Se eu tivesse pensado em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos, ó Deus. Em só refletir para compreender isso, achei que a tarefa era pesada demais para mim; até que entrei no santuário de Deus e descobri qual seria o fim deles. (Salmo 73:1-17).

Qual foi a experiência de Asafe? Ele afirma que “por um triz”, ele escapou de cair e agir erradamente. Sua aflição diária era perceber que certas pessoas vivem muito bem, com tranquilidade, muito prósperas e aumentando sempre suas riquezas, sem problemas de saúde, que inclusive zombam da própria existência de Deus. Na sua compreensão, Asafe considerava isso muito errado, pois ele, que procurava andar de coração limpo diante de Deus, estava passando por dificuldades e pensando que era inútil confiar no Senhor. Refletir sobre esta situação lhe pareceu uma tarefa pesada demais.

O que impediu Asafe de realmente se afastar do Senhor? Ele deixou claro que foi a sua atitude de entrar na presença de Deus e pensar no final de todas as coisas. Isto é muito significativo. Em vez de Asafe olhar para o aqui e o agora, ele levantou os seus olhos e contemplou o final de tudo? Ele os viu caindo “na destruição. Como são destruídos num instante! São totalmente aniquilados de terror! Como acontece com o sonho, quando alguém acorda, assim, ó Senhor, ao despertares, desprezarás a imagem deles.” (Salmo 73:18-20). Ele foi totalmente consolado quando pode perceber ao seu próprio respeito: “estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória. Quem tenho eu no céu além de ti? E quem poderia eu querer na terra além de ti? Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre. Os que se afastam de ti certamente perecerão; tu destróis todos os que são infiéis para contigo. Quanto a mim, bom é estar perto de Deus; faço do Senhor Deus o meu refúgio, para proclamar todas as suas obras.” (Salmo 73:23-28).

Jesus contou, certa vez, a seguinte história: “Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que se alegrava todos os dias com grande ostentação. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de feridas, que ficava deitado à porta da casa do rico. Ele desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico, e até os cães vinham lamber-lhe as feridas. E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, o rico levantou os olhos e viu ao longe Abraão, e Lázaro junto dele. Então, gritando, disse: ‘Pai Abraão, tenha misericórdia de mim! E mande que Lázaro molhe a ponta do dedo em água e me refresque a língua, porque estou atormentado neste fogo.’ Mas Abraão disse: ‘Filho, lembre-se de que você recebeu os seus bens durante a sua vida, enquanto Lázaro só teve males. Agora, porém, ele está consolado aqui, enquanto você está em tormentos. E, além de tudo, há um grande abismo entre nós e vocês, de modo que os que querem passar daqui até vocês não podem, nem os de lá passar para cá.’ Então o rico disse: ‘Pai, eu peço que mande Lázaro à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.’ Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.’ Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for até lá, eles irão se arrepender. Abraão, porém, lhe respondeu: ‘Se não ouvem Moisés e os Profetas, também não se deixarão convencer, mesmo que ressuscite alguém dentre os mortos.” (Lucas 16:19-31).

Os poderosos no tempo de Asafe e o próprio Asafe, o rico e o Lázaro, olhavam para o aqui e o agora, ou contemplavam o final de tudo? Eu e você, temos no horizonte os dias da nossa vida, aqui na Terra, que “sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos” (Salmo 90:10), ou consideraremos a eternidade? Pense nisso: 70 anos X eternidade!

Que ouçamos bem na exortação deste salmo 90, escrito por Moisés: “Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido? Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” (Salmo 90:11,12).

O salmista alcançou um coração sábio quando afirmou: “Antes de ser afligido, eu andava errado, mas agora guardo a tua palavra.” (Salmo 119:67).

O maior desejo do salmista, agora, era guardar a Palavra de Deus. Não pediu para ser próspero, ou para receber benefícios que pudesse esbanjar no seu próprio prazer, do qual Tiago nos adverte no capítulo 4:2-4. O salmista quer crescer no conhecimento dos mandamentos e dos estatutos do Senhor e guardar a Palavra no seu coração para não se afastar do caminho reto.

Tenhamos o mesmo propósito do salmista: guardar a Palavra de Deus, e oremos, uns pelos outros, como o apóstolo Paulo, nestas orações registradas no livro de Efésios:

  • Efésios 1:17 – “Peço ao Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, que conceda a vocês espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele.
  • Efésios 1:18 – “Peço que ele ilumine os olhos do coração de vocês, para que saibam qual é a esperança da vocação de vocês, qual é a riqueza da glória da sua herança nos santos.”
  • Efésios 3:16,17 – “Peço a Deus que, segundo a riqueza da sua glória, conceda a vocês que sejam fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito, no íntimo de cada um. E assim, pela fé, que Cristo habite no coração de vocês, estando vocês enraizados e alicerçados em amor.

Louvado e bendito seja Deus, porque “antes de ser afligido, eu andava errado, mas agora guardo a tua palavra.” (Salmo 119:67). E tudo isso, tão somente pela graça do Senhor!

salmo 119 – verso 59

Penso nos meus caminhos e volto os meus passos para os teus testemunhos.” (Salmo 119:59).

Perceba as duas ações indicadas pelos verbos “pensar” e “voltar”. Pensar tem a ver com submeter algo ao processo de raciocínio lógico, exercendo a capacidade de refletir, considerar, ponderar, meditar. Voltar tem a ver com mudar de direção dando uma meia volta, regressar, retornar.

Na ação de pensar, há dois temas a serem bem refletidos e considerados: 1. como eu estou andando, vivendo (meus caminhos) e 2. como Deus, meu Criador, quer que eu ande e viva, de acordo com a Sua Palavra (Seus testemunhos).  

Na ação de voltar, é bem clara a decisão de uma mudança de direção por parte do salmista. Sua reflexão séria, comparando seus caminhos com os preceitos do Senhor, o fizeram mudar a sua caminhada (meus passos) para o caminho de Deus.

O fato é que a Palavra do Senhor é o mapa que indica o caminho em que devemos andar. Ela também pode ser comparada a uma bússola Há um hino (e lamento que hinos como este não são mais conhecidos e cantados atualmente) com uma preciosa mensagem:

Eu tenho de andar neste mundo
Qual barca vogando no mar;
Mas sei o segredo profundo
De nele jamais naufragar.

A bússola que me dirige,
A santa Palavra de Deus,
Desvios e faltas corrige,
Mostrando o caminho dos céus.

Cristo é piloto para me guiar
Da vida a barca até nos céus entrar
.

Letra e música de Henri Abraham César Malan (1787-1864), adaptado por Alfredo Henrique da Silva (1872-1950). Este hino é o 418 de Salmos e Hinos e consta também em outros hinários evangélicos. Há outras estrofes além destas citadas.

Bússola é um aparelho composto de um mostrador, onde se indicam os pontos cardeais, e no qual gira uma agulha magnética que aponta sempre para o norte, servindo assim de orientação, sobretudo em navegação. A bússola do cristão é a Bíblia. É ela que norteia nossa vida e nos orienta qual direção tomar.

Talvez hoje seria melhor falar do GPS, que usa de uma avançada tecnologia com o propósito de indicar o caminho correto para um determinado destino. Estou disposto a usar a Bíblia como o GPS divino para fazer a correção e andar no caminho certo? Estou disposto a considerar os meus caminhos, comparando-os com a vontade de Deus exposta em Sua Palavra? Como eu penso, sinto e faço? Como uso as minhas mãos, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca e a minha língua? Onde pisam os meus pés? Onde está o interesse do meu coração? Estou dentro do padrão de Deus? Não existe, em todo o mundo, nenhum livro que se assemelhe à Bíblia, a Palavra de Deus, que mostre a realidade do pecado tão claramente:

  • Gênesis 6:5 – “O Senhor viu que a maldade das pessoas havia se multiplicado na terra e que todo desígnio do coração delas era continuamente mau.”
  • Isaías 1:4-6 – “Ai desta nação pecadora, deste povo carregado de iniquidade! São descendência de malfeitores, filhos que praticam o mal. Rejeitaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel, voltaram para trás. Por que vocês insistem em ser castigados? Por que continuam em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o coração está enfermo. Desde a planta do pé até o alto da cabeça não há nada são, a não ser feridas, contusões e chagas abertas, umas e outras que não foram limpas, nem atadas, nem tratadas com azeite.”
  • Isaías 59:1-3 – “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; e o seu ouvido não está surdo, para não poder ouvir. Mas as iniquidades de vocês fazem separação entre vocês e o seu Deus; e os pecados que vocês cometem o levam a esconder o seu rosto de vocês, para não ouvir os seus pedidos. Porque as mãos de vocês estão manchadas de sangue, e os seus dedos, de iniquidade; os lábios de vocês falam mentiras, e a sua língua profere maldade.”
  • Marcos 7:21-23 – “Porque de dentro, do coração das pessoas, é que procedem os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as maldades, o engano, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, o orgulho, a falta de juízo. Todos estes males vêm de dentro e contaminam a pessoa.”
  • Romanos 3:10-18 – “Como está escrito: “Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus. Todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua enganam, veneno de víbora está nos seus lábios. A boca, eles a têm cheia de maldição e amargura; os seus pés são velozes para derramar sangue. Nos seus caminhos, há destruição e miséria; eles não conhecem o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.”
  • 2 Timóteo 3:1-5 – “Mas você precisa saber disto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Pois os seres humanos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, convencidos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo forma de piedade, mas negando o poder dela. Fique longe também destes.”

Como estou vivendo? Em quais destes pecados estou aprisionado? Como ando na minha vida pessoal (sexo, dinheiro, status, interesses, entretenimento etc.) e nos meus relacionamentos com a família, com as pessoas ao meu redor (trabalho, escola, negócios etc.), na esfera chamada religiosa, enfim, em todos os contextos?

O fato é que “há caminho que ao ser humano parece direito, mas o fim dele é caminho de morte.” (Provérbios 14:12). Pensar nos próprios caminhos é o que há de mais importante e valioso. Pensar nos próprios caminhos é um “cair em si mesmo”, reconhecer os seus pecados, os seus erros, ter consciência de estar enganado, de estar desgostoso por ter entrado no caminho errado, de desejar “voltar”, que na verdade significa ARREPENDER-SE. É deixar o caminho de morte para entrar no caminho de vida.

Uma das mais preciosas histórias contadas por Jesus tem a ver com o filho que deixou a casa do seu pai e seguiu por um caminho de sua escolha pessoal, e que num determinado momento, se deu conta da vida miserável que estava experimentando, e “então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui estou morrendo de fome! Vou me arrumar, voltar para o meu pai e lhe dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; já não sou digno de ser chamado de seu filho; trate-me como um dos seus trabalhadores.’ E, arrumando-se, foi para o seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou. E o filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; já não sou digno de ser chamado de seu filho.’ O pai, porém, disse aos servos: ‘Tragam depressa a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos pés. Tragam e matem o bezerro gordo. Vamos comer e festejar, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.’ E começaram a festejar.” (Lucas 15:17-24). Eu e você já nos identificamos com este filho?

Jesus Cristo deixou isto muito claro: “Entrem pela porta estreita! Porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela. Estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que o encontram.” (Mateus 7:13,14). Jesus não disse isso apenas uma vez, pois em outra ocasião lemos que: “Jesus passava por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém lhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Jesus respondeu:  Esforcem-se por entrar pela porta estreita! Pois eu afirmo a vocês que muitos procurarão entrar, mas não conseguirão.” (Lucas 13:22-24).

É urgente considerar que o arrependimento é crucial para encontrar o caminho estreito! “Penso nos meus caminhos e volto os meus passos para os teus testemunhos.” (Salmo 119:59). Veja como tem início as boas novas da salvação que indicam a porta estreita: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Como está escrito na profecia de Isaías: “Eis que envio o meu mensageiro adiante de você, o qual preparará o seu caminho. Voz do que clama no deserto: Preparem o caminho do Senhor, endireitem as suas veredas.” E foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados. E toda a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam até ele. E, confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão.” (Marcos 1:1-5). João Batista foi o precursor, aquele que veio para mostrar o Salvador prometido por Deus.

E Marcos continua o seu registro dizendo que depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o evangelho de Deus. Ele dizia: “O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo; arrependam-se e creiam no evangelho.” (Marcos 1:14,15). A mesma mensagem de João Batista é pregada por Jesus: Arrependimento e Fé.

Depois de sua ressurreição, instantes antes de seu Ascenção, Jesus reuniu os seus discípulos e disse-lhes: “Assim está escrito que o Cristo tinha de sofrer, ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia, e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando em Jerusalém. Vocês são testemunhas destas coisas.” (Lucas 24:46-48). Vejam bem qual é a mensagem para ser pregada a todas as nações: ARREPENDIMENTO PARA REMISSÃO DE PECADOS.

E qual foi a conclusão da primeira mensagem pregada por Pedro, cheio do Espírito Santo? Está registrada em Atos 2:36-38: “Portanto, toda a casa de Israel esteja absolutamente certa de que a este Jesus, que vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo. Quando ouviram isso, ficaram muito comovidos e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Pedro respondeu: Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo.

Paulo defendendo-se diante do rei Agripa deu o seguinte testemunho: “E, caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: ‘Saulo, Saulo, por que você me persegue? É duro para você ficar dando coices contra os aguilhões!’ Então eu perguntei: “Senhor, quem é você?” Ao que o Senhor respondeu: ‘Eu sou Jesus, a quem você persegue. Mas levante-se e fique em pé. Eu apareci a você para constituí-lo ministro e testemunha, tanto das coisas em que você me viu como daquelas pelas quais ainda lhe aparecerei. Vou livrar você do seu próprio povo e dos gentios, para os quais eu o envio, para abrir os olhos deles e convertê-los das trevas para a luz e do poder de Satanás para Deus, a fim de que eles recebam remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim.’ Assim, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial, mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judeia, e também aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento.”

Como é necessário lembrar da necessidade do arrependimento, da conversão. Veja como Paulo se dirige aos cristãos de Tessalônica: “Porque, no que se refere a nós, as pessoas desses lugares falam sobre como foi a nossa chegada no meio de vocês e como, deixando os ídolos, vocês se converteram a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro e para aguardar dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira vindoura.” (1 Tessalonicenses 1:9,10).

E quando meditamos na revelação que Jesus Cristo entregou para João, que escreveu assim o livro de Apocalipse, lemos nas cartas que foram endereçadas às sete igrejas da Ásia, a exortação do Senhor: ARREPENDAM-SE, que foi endereçada para cinco destas igrejas:

  • ÉFESO – “Ao anjo da igreja em Éfeso escreva:… Tenho, porém, contra você o seguinte: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se, pois, de onde você caiu. ARREPENDA-SE E VOLTE à prática das primeiras obras. Se você não se arrepender, virei até você e tirarei o seu candelabro do lugar dele. (Apocalipse 2:1a,4-5).
  • PÉRGAMO – “Ao anjo da igreja em Pérgamo escreva:… Tenho, porém, contra você algumas coisas: estão aí em seu meio os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para que comessem coisas sacrificadas aos ídolos e praticassem a prostituição. Além disso, estão também aí em seu meio os que seguem a doutrina dos nicolaítas. Portanto, ARREPENDA-SE! Se não, irei até aí sem demora e lutarei contra eles com a espada da minha boca.” (Apocalipse 2:12a,14-16).
  • TIATIRA – “Ao anjo da igreja em Tiatira escreva:… Tenho, porém, contra você o fato de você tolerar que essa mulher, Jezabel, que se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticar a prostituição e a comer coisas sacrificadas aos ídolos. Dei-lhe tempo para QUE SE ARREPENDESSE, porém ela não quer se arrepender da sua imoralidade. Eis que farei com que fique acamada, e trarei grande tribulação aos que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita.” (Apocalipse 2:18a, 20-22).
  • SARDES – “Ao anjo da igreja em Sardes escreva:… verifiquei que as obras que você realiza não são íntegras na presença do meu Deus. Lembre-se, pois, do que você recebeu e ouviu; guarde-o e ARREPENDA-SE. Se você não vigiar, virei como ladrão, e você de modo nenhum saberá em que hora virei contra você.” (Apocalipse 3:1a,3)
  • LAODICÉIA – “Ao anjo da igreja em Laodicéia escreva:… Você diz: ‘Sou rico, estou bem de vida e não preciso de nada.’ Mas você não sabe que é infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho que você compre de mim ouro refinado pelo fogo, para que você seja, de fato, rico. Compre vestes brancas para se vestir, a fim de que a vergonha de sua nudez não fique evidente, e colírio para ungir os olhos, a fim de que você possa ver. Eu repreendo e disciplino aqueles que amo. Portanto, seja zeloso e ARREPENDA-SE.” (Apocalipse 3:14ª,17-19).

Penso nos meus caminhos e volto os meus passos para os teus testemunhos.” (Salmo 119:59). Que versículo precioso! E podemos considerar esta promessa também preciosa: “Quando vocês se desviarem para a direita ou para a esquerda, ouvirão atrás de vocês uma palavra, dizendo: ‘Este é o caminho; andem nele.’” (Isaías 30:21). O Espírito Santo de Deus nos guia para andarmos limpos diante do Senhor, ensinando-nos que: “Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:7-9).

E concluindo, para atender a recomendação de Jesus: “Entrem pela porta estreita! Porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela. Estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que o encontram.” (Mateus 7:13,14) é preciso reconhecer e entrar por esta porta e caminho estreito é exclusivamente JESUS CRISTO, que afirmou categoricamente: “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA; NINGUÉM VEM AO PAI SENÃO POR MIM.” (João 14:6).

Sua encarnação, expiação, ressurreição, ascenção, glorificação são os pilares de nossa fé, da fé que “uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3). E tendo reconhecido os nossos pecados e deles nos arrependido, e tendo crido e recebido a Cristo como nosso Senhor e Salvador pessoal, andemos nEle como nos recomenda a Sua Palavra: “Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, estando enraizados e edificados nele, e confirmados na fé, como foi ensinado a vocês, crescendo em ação de graças. Tenham cuidado para que ninguém venha a enredá-los com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.” (Colossenses 2:6-8).

“Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês. E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:1,2). AMÉM!

A SERPENTE DE BRONZE – UM TIPO DE CRISTO NA CRUZ

A SERPENTE DE BRONZE – A VIDA
(Posta sobre uma haste: Um tipo de Cristo na cruz)

“E disse o SENHOR a Moisés: Faze uma serpente abrasadora e a põe sobre uma haste, e será que todo o mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava.” (Números 21:8,9).

A própria imagem do que havia feito o mal foi levantada para ser a conduta pela qual a graça divina podia correr, em rica abundância, para os pobres pecadores mordidos. Admirável tipo de Cristo sobre a cruz!

É um erro muito frequente considerar o SENHOR JESUS antes como Aquele que impede a ira de Deus e não como o meio do Seu amor. Que suportou a ira de Deus contra o pecado é uma verdade. Porém, há mais do que isto. Ele veio a este miserável mundo para morrer sobre a cruz maldita, a fim de que, por meio da morte pudesse abrir os mananciais eternos do amor de Deus ao coração do pecador rebelde. Isto constitui uma grande diferença na manifestação da natureza e caráter de Deus ao pecador. Nada poderá reconduzir um pecador a um estado de verdadeira felicidade e santidade senão a sua confirmação na fé e gozo do amor de Deus.

O primeiro esforço da serpente, quando no jardim do Éden, atacou a criatura, foi abalar a sua confiança na bondade e no amor de Deus, e assim suscitou descontentamento com o lugar em que Deus o havia posto. A queda do homem foi o resultado – o imediato resultado – de duvidar do amor de Deus. A restauração do homem tem de resultar da sua crença nesse amor; e é o próprio Filho de Deus quem diz: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16).

Ora é em relação imediata com o precedente relato que o Senhor expressamente nos ensina que Ele era o antítipo da serpente de metal. Como o Filho de Deus enviado do Pai, era seguramente o dom e a expressão do amor de Deus por um mundo perdido, mas tinha também de ser levantado na cruz em propiciação pelo pecado, porque só assim podia o amor divino satisfazer as exigência do pecador moribundo. “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.” (João 3:14,15).

Toda a família humana tem sentido a mordedura mortal da serpente; mas o Deus de toda a graça encontrou um remédio nAquele que foi levantado na cruz da maldição; e agora chama pelo Espírito Santo, enviado do céu, a todos os que se sentem mordidos para olharem para Jesus a fim de terem vida e paz. Cristo é a grande ordenação de Deus e por Ele é proclamada salvação de graça, livre, atual e eterna a todo o pecador – uma salvação tão completa, de tal modo fundada e tão compatível com todos os atributos do caráter divino e todas as exigência do trono de Deus, que Satanás não pode levantar uma simples objeção a seu respeito. A ressurreição é a justificação divina da obra da cruz e da glória d’Aquele que nela morreu de modo que o crente pode gozar o mais profundo descanso quanto ao pecado. Deus tem todo o Seu prazer em Jesus; e, visto que contempla todos os crente n’Ele, acha também todo o Seu prazer neles

E note-se, a fé é o instrumento mediante o qual o pecado lança mão da salvação Cristo. O israelita ferido tinha apenas de olhar e viver – olhar não para si nem para as suas feridas ou para os que o rodeavam, mas direta e unicamente para o remédio de Deus. Se recusava ou descurava olhar para esse remédio, nada mais havia para si senão a morte. Era chamado para fixar atentamente o seu olhar no remédio de Deus, que estava levantado de tal forma que todos podiam vê-lo. Não havia vantagem alguma em olhar para qualquer outro lado, porque a palavra era “será que todo o mordido que a mirar viverá”. O israelita mordido só tinha a serpente de metal; porque a serpente abrasadora era o único remédio de Deus para o israelita mordido. Olhar para qualquer outro lado equivalia a nada receber; olhar para o remédio de Deus era receber a vida.

Assim é também agora. O pecador é chamado para olhar simplesmente para Jesus. Não se lhe diz para olhar para as ordenações – para olhar para igrejas – para os homens ou anjos. Não há socorro em qualquer destas coisas, e, portanto, ele não é chamado para olhar para elas, mas exclusivamente para Jesus, cuja morte e ressurreição constituem a base eterna da paz e esperança do crente. Deus assegura-lhe que “todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Isto deve satisfazer inteiramente o coração e a consciência. Deus está satisfeito e nós devemos estar também satisfeitos. Suscitar dúvidas é negar o relato de Deus. Se um israelita tivesse dito: “Como seu eu que olhando para a serpente de metal me restaurarei?” Ou se começasse a estar preocupado com a grandeza e a natureza irremediável da sua doença, e argumentasse com a aparente inutilidade de olhar para a ordenação de Deus – em suma, se qualquer coisa, não importava o que fosse o tivesse impedido de olhara para a serpente abrasadora, seria uma positiva rejeição de Deus, e a morte teria sido o resultado inevitável.

Assim, no caso do pecador, no momento em que ele está habilitado a deitar um olhar de fé a Jesus, o seu pecado desaparece. O sangue de Jesus, à semelhança de uma poderosa corrente de limpeza, corre sobre a sua consciência, tira todas as manchas e deixa-o sem mácula nem ruga em coisa semelhante; e tudo isto, também, à própria luz da santidade de Deus, em que nem um átomo de pecado pode ser permitido.

Mas, antes de terminarmos as nossas meditações sobre a serpente de bronze, será bom notarmos o que podemos chamar a intensa individualidade que caracterizava o olhar do israelita mordido para a serpente. Cada qual tinha de olhar por si. Ninguém podia olhar por outrem. Era uma questão pessoal. Ninguém podia ser salvo por procuração. Havia vida num olhar; mas era preciso deitar esse olhar. Era preciso haver um elo pessoal – contato direto e pessoal com o remédio de Deus.

Assim era então, e assim é agora. Temos nós próprios de tratar com Jesus. A Igreja não nos pode salvar – nenhuma ordem de sacerdotes ou de ministros pode salvar-nos. Tem que haver o laço pessoal com o Salvador; do contrário não há vida: “sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava.” Esta era então a ordem de Deus; e é esta é a ordem de Deus agora, porque “do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.” Recordemos as duas palavras “do modo” e “assim”, porque elas se aplicam a cada pormenor no tipo e no antítipo. A fé é uma coisa individual; o arrependimento é uma coisa individual; a salvação é uma coisa individual. Nunca esqueçamos disto. Decerto, há no cristianismo união e comunhão; mas nós temos de tratar com Cristo por nós mesmos, e devemos andar com Deus nós mesmos. Não podemos nem obter vida nem viver pela fé de outro. Existe, repetimos com ênfase, uma individualidades intensa em cada fase da vida do cristão e na sua carreira prática.

Não continuaremos com os nossos comentários sobre a figura familiar da “serpente de metal”; mas rogamos a Deus que habilite o leitor a meditar sobre ela por si mesmo, e a fazer uma aplicação pessoal e direta da verdade preciosa contida numa das mais notáveis figuras dos tempos do Velho Testamento. Que o SENHOR o leve a contemplar com mais profunda e humilde fé a cruz e a embeber a sua alma no precioso ministério ali apresentado. Que não se dê por satisfeito apenas em receber vida por um olhar à cruz, mas procure entrar mais no seu profundo e maravilhosos significado, e estar mais devotadamente ligado Àquele que quando não havia nenhum outro meio de libertação, Se entregou a Si Mesmo voluntariamente para ser moído nessa cruz de maldição por nós e para nossa salvação.

De Charles H. Mackintosh (1820-1896)
Do Livro “Estudos sobre o livro de Números”, publicado por Depósito de Literatura Cristã

Se você já creu em Cristo, então cante de todo coração este hino:

CEGUEIRA E VISTA (Hino que está em praticamente todos os hinários evangélicos)
poema de Henry Maxwell Wright

Oh! Quão cego eu andei e perdido vaguei
Longe, longe do meu Salvador!
Mas da glória desceu e Seu sangue verteu
Pra salvar a um tão pobre pecador.

Foi na cruz, foi na cruz onde um dia eu vi
Meu pecado castigado em Jesus;
Foi ali, pela fé, que meus olhos abri,
E eu agora me alegro em Sua luz.

Eu ouvia falar dessa graça sem par
Que do céu trouxe nosso JESUS;
Mas eu surdi me fiz, converter-me não quis
Ao SENHOR que por mim morreu na cruz.

Mas um dia senti meus pecados e vi
Sobre mim o castigo da lei;
Eu por isso fugi, em Jesus me escondi
E refúgio seguro nEle achei.

Tão feliz me senti desde que conheci
Esse imenso e notável amor
Que levou meu JESUS a sofrer lá na cruz
Pra salvar a um tão pobre pecador.

Gilberto Celeti

CRISTO! A VIDA QUE VALE A PENA SER VIVIDA

Pensamentos que analisam a humanidade,
Cuidadosamente bem elaborados,
Sempre estão completamente equivocados,
Quando esquecem a premente realidade::

Ocorreu ao ser humano uma queda
Que o tornou escravizado do pecado
Que de Deus sempre o mantém bem afastado,
Que nos maus caminhos sempre o envereda.

Todo homem pelo pecado desnudo,
Busca meios pra mostrar que está vestido;
Nas ideias e nas crenças escondido,
Faz da ciência e do progresso um deus-escudo.

Mas, quando de um povo se estuda o etos,
Pouco importa a região ou etnia;
Há no homem uma profunda avaria:
Pensamentos, falas, atos, não são retos.

Isto o impede de elevar-se, infelizmente.
Do orgulho e da cobiça é prisioneiro;
Egoísta, sempre quer ser o primeiro,
Nos seus relacionamentos é doente.

O pecado é no homem a desgraça!
Quando é que compreendido será isto:
Que a solução está somente em Cristo,
Que elimina a maldição da humana raça?

Jesus Cristo, o Deus homem encarnado,
Cuja santidade e amor absolutos
Por Sua justiça é substituto
Dos que nele creem, e assim são libertados!

Jesus Cristo é o Único na história
Que venceu a morte. É o ressuscitado!
Os Seus feitos nunca foram igualados,
Seu amor e Sua justiça lhe dão glória!

Só Jesus tira do homem o vil pecado.
Nada vale ciência… tecnologia…
Nada vale religião… filosofia…
Só em Cristo o homem será elevado.

Pela fé em Cristo, o homem é remido,
Sua nudez desaparece por completo,
Do Espírito de Deus fica repleto,
Da justiça de Jesus fica vestido.

É Jesus caminho, e verdade, e vida;
Busque nEle, arrependido, o perdão,
Deixe que Ele mude o seu coração,
Nele, a vida vale a pena ser vivida!

Gilberto Celeti

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Salmo 100 – HINO DE INGRESSO AO TEMPLO

salmo 100

Jubilosamente
Deve DEUS ser celebrado,
E alegremente
Ser com hinos adorado.

Éramos perdidos,
Mas por DEUS fomos achados,
Quando arrependidos
Tristes com nosso pecado,

Vimo JESUS CRISTO
Ser por nós crucificado
E soubemos disto:
Pagou por nossos pecados!

Somos o Seu povo
Cordeiros pastoreados,
Nascemos de novo,
Para DEUS fomos comprados.

Desfrutamos disto,
Pois fomos justificados,
E agora em CRISTO,
Somos, sim, santificados.

Na Sua presença
Pelo ESPÍRITO levados,
Com alegria imensa,
DEUS por nós é exaltado!

Com ações de graças
O Seu NOME é louvado,
Em todas as raças,
DEUS é reverenciado!

Pela Sua bondade
Temos sido alcançados,
E a fidelidade
De DEUS tem nos abraçado.

Sua misericórdia
Temos sempre desfrutados,
Em plena concórdia
DEUS, por nós, é sim, amado!

Gilberto Celeti
Salmo 100