Texto de C. S. Lewis – Clive Staples Lewis (1898-1963)
“Como o suicídio é a expressão típica do espírito estoico e a batalha é a do espirito guerreiro, o martírio sempre permanece a suprema representação e perfeição do cristianismo. Essa grande ação foi iniciada em nosso favor, feita em nosso nome, exemplificada para nossa imitação e inconcebivelmente comunicada a todos os crentes por Cristo no Calvário. Lá, o grau de aceitação da Morte atinge os limites extremos do imaginável, e talvez vá além deles; não apenas todos os apoios naturais, mas a presença do próprio Pai, a quem o sacrifício é feito, abandona a vítima, e a rendição a Deus não vacila, embora Deus a “abandone”……….
“O cristianismo nos ensina que a terrível tarefa, em certo sentido, já foi cumprida por nós – que a mão de um mestre está segurando a nossa enquanto tentamos traçar as letras difíceis e que nosso roteiro precisa ser apenas uma “cópia”, não um original. Uma vez mais, onde outros sistemas expõem nossa natureza total à morte (como na renúncia budista) o cristianismo exige apenas que consertemos uma orientação errada de nossa natureza, e não tem nenhuma contenda, como Platão tinha, com o corpo como tal, nem com os elementos psíquicos em nossa constituição. E o sacrifício em sua realização suprema não é exigido de todos. Tanto os confessores quanto os mártires são guardados da morte, e alguns idosos, de cujo estado de graça dificilmente podemos duvidar, parecem ter superado seus setenta anos com uma facilidade surpreendente.
“O sacrifício de Cristo é repetido, ou re-ecoado, entre seus seguidores em graus muito variados, desde o mais cruel martírio até uma autossubmissão de intenção cujos sinais externos nada têm que os distinga dos frutos comuns da temperança e ”doce razoabilidade”. As causas dessa distribuição eu não sei; mas, do nosso ponto de vista atual, deve ficar claro que o verdadeiro problema não é por que algumas pessoas humildes, piedosas e crentes sofrem, mas por que outras não. Nosso Senhor mesmo, deve ser lembrado, explicou a salvação daqueles que são afortunados neste mundo apenas referindo-se à onipotência insondável de Deus”.
Texto do Livro “O Problema da Dor”, capítulo 6, páginas 134-136, citado na Bíblia C.S.Lewis – Nova Versão Transformadora, como reflexão do evangelho de João 19.1-30.
É sempre muito importante e necessário, em tudo, distinguir entre a “verdade dos fatos” e a “narrativa mentirosa”!
Neste momento histórico na região palestina conhecer um pouco do conteúdo do livro escrito pelo holandês Adriaan Reland é de fundamental importância.
“Palestina ex Monumentis Veteribus Illustrata”, foi escrito em latim, descrevendo magistralmente o que então era chamado de Palestina. Foiescrito por Adriaan Reland (1676-1718), erudito holandês, geógrafo, cartógrafo, viajante, filólogo, conhecia árabe, grego antigo, hebraico e diversas línguas europeias. O título do livro em português: Palestina Ilustrada a partir de Monumentos Antigos..
Resumindo,Adriaan visitou quase 2.500 assentamentos mencionados na Bíblia. A pesquisa foi conduzida da seguinte forma:
Ele primeiro criou o mapa da Palestina. Em seguida designou cada assentamento, mencionado na Bíblia ou no Talmude, com seu nome original. > Se o original fosse judeu, significava “pasuk” (sugestão nas Sagradas Escrituras que mencionava o nome. > Se o original fosse romano ou grego, a conexão era em latim ou grego.
No final Adriaan fez um censo populacional por assentamentos. Aqui estão as principais conclusões e alguns fatos:
O país está principalmente vazio, abandonado e escassamente povoado, a principal população é Jerusalém, Akko, Tsfat, Jaffa, Tveria e Gaza.
A maior parte da população é judaica, quase todos os demais são cristãos, muito poucos muçulmanos, principalmente beduínos.
A única exceção é Nablus (hoje Shchem), onde vivem aproximadamente 120 pessoas da família muçulmana Natsha e aproximadamente 70 “shomronims” (samaritanos).
Em Nazaré, capital da Galileia, viviam aproximadamente 700 pessoas – todas cristãs.
Em Jerusalém vivem cerca de 5.000 pessoas, quase todos judeus e alguns cristãos.
Em 1695, todos sabiam que a origem do país era judaica.
Não existe um único assentamento na Palestina que tenha raízes árabes em seu nome.
A maioria dos assentamentos tem originais judaicos e, em alguns casos, latim grego ou romano.
Além da cidade de Ramla, não existe nenhum assentamento árabe que tenha um nome árabe original. Nomes judeus, gregos ou latinos que foram alterados para árabe e que não fazem sentido em árabe. Em árabe, não há significado em nomes como: Akko, Haifa, Jaffa, Nablus, Gaza ou Jenin, e nomes como Ramallah, al-Khalil (Hebron), al-Quds (Jerusalém) – eles não têm no árabe filológico ou histórico raízes. Assim, por exemplo, em 1696, Ramallah era chamada de Betel (Beit El, a Casa de Deus), Hebron era chamada de Hebron e a Caverna de Macpela era chamada de El-Khalil (o apelido de Abraão) pelos árabes.
Reland menciona os muçulmanos apenas como beduínos nómades que vieram para as cidades como trabalhadores sazonais na agricultura ou na construção.
Cerca de 550 pessoas viviam em Gaza, metade delas judeus e metade cristãos. Os judeus tiveram sucesso na agricultura, especialmente na vinha, azeitonas e trigo, os cristãos estavam envolvidos no comércio e no transporte.
Os judeus viviam em Tveria e Tsfat, mas a sua ocupação não é mencionada, exceto a pesca tradicional em Kineret.
Na aldeia de Um El Fahm, por exemplo, viviam 10 famílias, todas cristãs (cerca de 50 pessoas). Ali ficava uma pequena igreja maronita.
O livro refuta completamente as teorias sobre “tradições palestinas”, “povo palestino”, e não deixa quase nenhuma ligação entre a terra e os árabes, que até roubaram o nome latino da terra (Palestina) e a tomaram para si.
O livro de Adriaan Reland (1676-1718) sobre a Palestina, foi publicado em Utrecht em 1714
Tudo bem com você? Gostaria de ter sua atenção para este texto bíblico:
“Filhinhos, escrevo a vocês, porque os seus pecados são perdoados por causa do nome de Jesus. Pais, escrevo a vocês, porque conhecem aquele que existe desde o princípio. Jovens, escrevo a vocês, porque vocês têm vencido o Maligno. Filhinhos, escrevi a vocês, porque conhecem o Pai. Pais, escrevi a vocês, porque conhecem aquele que existe desde o princípio. Jovens, escrevi a vocês, porque são fortes, e a palavra de Deus permanece em vocês, e vocês já venceram o Maligno.” (1 João 2:12-14 NAA).
Será que podemos olhar para os discípulos de Jesus Cristo nestas classificações mencionadas pelo apóstolo João:
Filhinhos – os mais novos na fé?
Jovens – os que estão ficando mais e mais fortes e crescendo na fé?
Pais – os que estão mais avançados e maduros na fé?
Infelizmente o estado de ”infância espiritual prolongado” entre os que se dizem ou são chamados cristãos, é uma tragédia……. Por isso somos desafiados: ”Como crianças recém-nascidas, desejem o genuíno leite espiritual, para que, por ele, lhes seja dado crescimento para a salvação.” (1 Pedro 2:2 NAA).
Há materiais bíblicos e valiosíssimos para crescermos como discípulos de Jesus Cristo, na fé doutrinária saudável e gostaria de indicá-los:
Estes três são recomendamos para todos os filhinhos, que estão ainda numa vida de discipulado mais iniciante. Mas todos, filhinhos, jovens e pais, serão grandemente abençoados familiarizando-se com o conteúdo destes catecismos e confissão.
Observação: Esta classificação (filhinhos, jovens e pais) não tem nada a ver com o tempo que uma pessoa já é um crente e/ou está numa igreja, mas tem a ver com o seu crescimento espiritual. A realidade “gritante” é que a grande maioria ainda é “criancinha na fé”.
Há ainda outros materiais que são também maravilhosos para ajudar no crescimento como discípulo de Jesus Cristo e que poderiam em seguida serem também estudados e compreendidos:
Estes serão úteis para alicerçar melhor a fé, ajudando no crescimento na vida de comunhão com o Senhor e aprimorando o discípulo de Jesus no conhecimento das doutrinas bíblicas. O resultado é tornar o discípulo mais e mais fortes para obter vitórias na luta contra o pecado, o mundo, o próprio ego e o diabo.
E finalmente, fica a sugestão deste excelente conteúdo, para fortalecer ainda mais o discípulo de Jesus:
Após estudar os conteúdos anteriores e especialmente o Breve Catecismo e o Catecismo Maior, aprender a Confissão de Fé contribuirá para que cresçamos na graça e no conhecimento do Senhor Jesus e que o santifiquemos em nossos corações, para estarmos sempre preparados para responder a todo àquele que pedir a razão da nossa esperança.
Medite neste textos a seguir e descubra que o maior desafio de nossa vida, como discípulos de Cristo, é exatamente crescer, sendo filhinhos, jovens e pais, para a glória de Deus! Leia os textos:
> Hebreus 5:11-14 NAA – “A esse respeito temos muitas coisas a dizer, coisas difíceis de explicar, porque vocês ficaram com preguiça de ouvir. Pois, quando já deviam ser mestres, levando em conta o tempo decorrido, vocês têm, novamente, necessidade de alguém que lhes ensine quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus. Passaram a ter necessidade de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal”.
> 1 Pedro 3:15 NAA – “Santifiquem a Cristo, como Senhor, no seu coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm”.
> 2 Pedro 3:18 NAA – “Cresçam na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno”.
> 2 Timóteo 3:14-17 NAA – “Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu e que, desde a infância, você conhece as sagradas letras, que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.
Que possamos crescer na fé… filhinhos… jovens… pais…
PROPOSTA:
Planeje estudar estas confissões e catecismos na ordem que foi sugerida acima. Vamos escapar deste estado de ”infância espiritual prolongado” entre os que se dizem ou são chamados cristãos. Sim, ”como crianças recém-nascidas”, desejemos ardentemente “o genuíno leite espiritual, para que, por ele”, nos “seja dado crescimento para a salvação.” (1 Pedro 2:2 NAA).
Gilberto Celeti
CONFORMIDADE COM A AUTORIDADE DA BÍBLIA
Maravilhosa e estonteante descoberta, Quando a mente finalmente é aberta, Pra compreender, no Universo, a autoridade Do Pai, do Filho, do Espírito – a Trindade!
Nas Escrituras Sua vontade é revelada, Pra nos guiar corretamente na jornada. Seus mandamentos e os seus ensinamentos, Obedecidos, cridos, moldam os pensamentos.
O que acontece, então, na vida é um milagre, Que faz com que uma pessoa se consagre, Confiante sempre no amor de Deus em Cristo;
Buscando em cada situação, apenas isto: Estar com a Bíblia sempre em conformidade, Amar, guardar, viver, lutar pela verdade!
Gilberto Celeti
“Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos……. Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente sábia e inteligente.” (Deuteronômio 4:5,6).
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17).
No dia 31 de outubro de 1517 (há 506 anos), Martinho Lutero fixou na porta da igreja do Castelo, em Wittemberg, as 95 teses que criticavam certas práticas da Igreja Católica. Nesta data comemora-se a Reforma Protestante.
A obra teológica de Lutero deu base para os conhecidos cinco pilares da Reforma Protestante (conhecidos como os “5 Solas”:
Sola fide (somente afé)
Sola Scriptura (somente aEscritura)
Solus Christus (somenteCristo)
Sola gratia (somente agraça)
Soli Deo gloria (glória somente a Deus)
Estamos no século 21. Convido você a agradecer a Deus pela Reforma Protestante do século 16. E a clamar a Deus para que sejamos reavivados na compreensão e defesa dos “5 SOLAS” desta reforma.
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Logo, em 1522, inconformado com o “culto da personalidade” que surgia, Martinho Lutero escreveu: “A primeira coisa que peço é que as pessoas não façam uso de meu nome e não se chamem luteranas, mas cristãs. Que é Lutero? O ensino não é meu. Nem fui crucificado por ninguém……… Como eu, miserável saco fétido de larvas que sou, cheguei ao ponto em que as pessoas chamam os filhos de Cristo por meu perverso nome?” (Da Edição Completa de Weimar, de todos os escritos de Martinho Lutero, Citado por Timothy George, no livro Teologia dos Reformadores, publicação da Editora Vida Nova).
Timothy George, neste mesmo livro, ao falar da imensa produção literária de Lutero menciona “sua poderosa originalidade e enervante profundidade”. E continua: “Apenas dois outros teólogos na história da igreja, Agostinho e Aquino, aproximam-se da estatura de Lutero.”
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Convido você a cantar, de todo coração e com plena confiança, o hino “CASTELO FORTE” composto por Martinho Lutero, baseado no Salmo 46, que foi considerado pelo poeta Heinrich Heine a “Marselhesa da Reforma”, a respeito do qual James Moffat escreveu: “O maior hino do maior homem do maior período da história da Alemanha”.
– – – – – – – – – – – – – – – – – Observação: A imagem acima é uma foto do quadro do pintor Adson Ferreira, que se encontra na sala dos professores do Seminário Betel Brasileiro, em Recife-PE – usado com permissão.
Gilberto Celeti
Missionário da APEC, professor, palestrante e escritor
“Ouvi a palavra do SENHOR, vós, príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós, povo de Gomorra”.(Isaías 1.10)
“A prosperidade de um povo depende mais de seus governantes do que comumente se imagina. Por terem a sociedade pública sob seu cuidado e poder, eles têm vantagem em promover o interesse público em todos os sentidos; e, se são governantes desse tipo, são uma das maiores bênçãos para o povo.
“Sua influência tende a promover riqueza e causar valor temporal às pessoas e, assim, uni-las umas às outras em paz e mútua benevolência, e fazê-las felizes na sociedade, sendo cada uma o instrumento de quietude, conforto e prosperidade de seus próximos e, por esses meios, aumentar sua reputação e honra no mundo.
“E, o que é muito mais: promover sua felicidade espiritual e eterna. Por isso, o sábio diz: ‘Ditosa, tu, ó terra cujo rei é filho de nobres…’ (Eclesiastes 10.17).”
Meditação do dia 08 DE AGOSTO do livro “Dia a dia com Jonathan Edwards – Devocional diário”, do dia 08 de agosto, uma publicação de Ministérios Pão Diário (https://paodiario.org/). Jonathan Edwards (1703-1758), foi pregador, teólogo, escritor, e em sua época ocorreu um poderoso avivamento espiritual. Hoje ele é considerado como um dos maiores filósofos norte americanos.
Diante da realidade do Brasil, um texto como este acima nos faz refletir completamente entristecidos, quão miserável é o estado tanto dos governantes como dos governados. O sistema político em que estamos inseridos é uma verdadeira tragédia!O que fazer?
Aproveito para deixar com você estes versos:
Para direita ou esquerda desviados, Alguns tornaram-se em bem-aventurados; Pois não ficaram totalmente ensurdecidos, E à voz do Mestre abriram bem os seus ouvidos:
“Venham a mim, confiem em mim, andem comigo, Na humildade e mansidão não há perigo. O meu caminho é de leveza e liberdade, Eu sou o caminho, sou a vida e a verdade!”.
Sabem que está na cruz o ponto de partida, E é na cruz que eles prosseguem em sua lida; E estando, em tudo, à Sua Palavra submissos, Com o Reino dEle é que demonstram compromisso.
Afastam-se da hipócrita religiosidade, E não desejam obter celebridade, E muito menos a fútil prosperidade, Ou ter os ganhos da vil desonestidade;
Rejeitam os prazeres da sensualidade, E as mídias cheias só de imoralidade, Não perdem tempo com a maldita vaidade, E com os ídolos da tola sociedade
Não querem mais mostrar qualquer intimidade. Jogam ao lixo tudo e dizem: “Já vai tarde!”. Pois querem andar com Cristo, agora, em santidade, Mostrando a paz e o amor, pregando a verdade!
Pois Deus deseja ver o homem arrependido Que, confiando em Cristo, por Ele é remido, Do seu pecado perdoado, libertado, Tornando-se um ser humano transformado.
Sim, lá na cruz é que começa a nova história Que leva o ser humano à vida e eterna glória! Esta vitória, entenda, só consiste nisto: Achar o Mestre, o Salvador, que é Jesus Cristo!
Para direita ou esquerda desviados, Alguns tornaram-se em bem-aventurados; Pois não ficaram totalmente ensurdecidos, E à voz do Mestre abriram bem os seus ouvidos:
“Venham a mim, confiem em mim, andem comigo, Na humildade e mansidão não há perigo, O meu caminho é de leveza e liberdade, Eu sou o caminho, sou a vida e a verdade!”.
Gilberto Celeti
“Quando vocês se desviarem para a direita ou para a esquerda, ouvirão atrás de vocês uma palavra, dizendo: ‘Este é o caminho; andem nele.’ Vocês tratarão como impuras as imagens esculpidas cobertas de prata e as imagens de fundição revestidas de ouro; vocês as jogarão fora como coisa impura e dirão a cada uma delas: ‘Fora daqui!'” (Isaías 30.21,22)
É tempo de orarmos como o profeta Habacuque: “Senhor, tenho ouvido a tua fama, e me sinto alarmado. Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida. Na tua ira, lembra-te da misericórdia.” (Habacuque 3.1,2).
Transcrevo aqui a mensagem devocional da manhã de 06 de agosto, do livro “Dia a dia com Spurgeon – manhã e noite”
“Guarda, falta muito para acabar a noite? Guarda, falta muito?” (Isaías 21.11)
Quais inimigos estão adiante? Os erros são uma multidão numerosa, e novos erros aparecem a cada momento; contra qual heresia devo montar guarda? Pecados rastejam de seus esconderijos quando a escuridão reina; eu devo me levantar, subir a torre de vigia e ficar de sentinela em oração. Nosso Protetor celeste prevê todos os ataques que estão prestes a ocorrer contra nós, e quando o mal ainda nos está sendo projetado, ainda no desejo de Satanás, Ele intercede por nós para que a nossa fé não desfaleça quando estivermos sendo peneirados como o trigo. Continue, ó gracioso Sentinela, a nos advertir e prevenir de nossos inimigos e, por amor de Sião, não Te cales.
“Guarda, falta muito para acabar a noite? Guarda, falta muito?”. Quais tempos estão vindo sobre a Igreja? Acaso são nuvens de tempestade ou está tudo claro e limpo acima? Devemos cuidar da Igreja de Deus com inquieto amor; agora que a falsa religiosidade e a infidelidade são ambos ameaçadores, vamos observar os sinais dos tempos e nos preparar para o conflito.
“Guarda, falta muito para acabar a noite? Guarda, falta muito?”. Quais estrelas estão visíveis? Quais preciosas promessas são adequadas para o nosso caso atual? Você soa o alarme; dá-nos também a consolação. Cristo, a estrela da manhã, está constantemente estabelecida em Seu lugar, e todas as estrelas estão seguras na mão direita do Senhor.
Mas, “Guarda, quando chegará a manhã?” O Noivo tarda. Acaso não há sinais de Sua vinda como o Sol da Justiça? Não surge a estrela da manhã (Apocalipse 22:16) como a promessa do dia? Quando o dia irá amanhecer e as sombras fugirão? Ó Jesus, se Tu não vieres, em pessoa, à Tua esperançosa Igreja neste dia, ao menos vem em Espírito ao meu suspirante coração e faça-o cantar de alegria.
Charles Spurgeon (1834-1892) O livro “Dia a dia com Spurgeon – manhã e noite” é uma publicação de Ministérios Pão Diário (https://paodiario.org/)
Neste início do século 21, como é impressionante ler o que escreveu Charles Spurgeon, que viveu no século 19. Sem sombra de dúvida, a multidão numerosa de erros, de heresias, se avolumou assustadoramente, e mais do que nunca precisamos estar na Torre de Vigia e em Oração.
Não nos esqueçamos que “a ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos seres humanos que, por meio da sua injustiça, suprimem a verdade”. (Romanos 1:18). O fato é que “os céus e a terra que agora existem têm sido guardados para o fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e da destruição dos ímpios. Mas há uma coisa, amados, que vocês não devem esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos são como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento. Porém, o Dia do Senhor virá como um ladrão.Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo fogo. Também a terra e as obras que nela existem desaparecerão. Uma vez que tudo será assim desfeito, vocês devem ser pessoas que vivem de maneira santa e piedosa”. (2 Pedro 3:7-11)
Precisamos manter o azeite em nossas lâmpadas. O Noivo está chegando. “Guarda, falta muito para acabar a noite? Guarda, falta muito?”. Bem que podemos dizer:
Que noite longa, demorada, tão comprida, Tão perigosa, traiçoeira, bem escura; Vigia atento o sentinela na guarida, Compenetrado e bem armado na postura.
Por todo lado há inimigos traiçoeiros, As heresias se aproximam numerosas, Pecados sempre mostram-se alvissareiros, São atraentes as mentiras religiosas.
Oh! Como avança o mal e a infidelidade! Oh! Como é forte e vil e tola idolatria! Oh! Como é sempre ignorada a verdade! Oh! Como aumenta e ganha espaço a apostasia!
Já está brilhando, ó guarda, a estrela matutina? Que um novo dia, de esperança, sinaliza? Que venha logo o sol que tudo ilumina, Trazendo a luz que tanto este mundo precisa!
Que não amemos, ó Senhor, o que odeias, E que tenhamos, no Senhor, o real gozo! Que estejam com azeite as nossas candeias, Como uma noiva esperançosa aguarda o esposo!
Gilberto Celeti
“Guarda, falta muito para acabar a noite? Guarda, falta muito?” (Isaías 21:11).
“Então o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, pegando as suas lamparinas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco delas eram imprudentes, e cinco, prudentes. As imprudentes, ao pegar as suas lamparinas, não levaram óleo consigo, mas as prudentes, além das lamparinas, levaram óleo nas vasilhas.” (Mateus 25:1-4).
“Aqueles que são realmente convertidos são novos homens, novas criaturas; novos não somente por dentro, mas por fora; são santificados completamente, em espírito, alma e corpo; as coisas antigas se passaram, todas as coisas se tornaram novas; eles têm novos corações, novos olhos, novos ouvidos, novas línguas, novas mãos, novos pés; isto é, uma nova conversa e prática; eles caminham numa vida nova e continuam a fazê-lo até o fim da vida”. (Jonathan Edwards)
Na Wikipédia há esta nota sobre Jonathan Edwards (1703-1758): Foi pregador congregacional, teólogo calvinista e missionário aos índios americanos, e é considerado um dos maiores filósofos norte-americanos. O trabalho teológico de Edwards é muito abrangente, com sua defesa da teologia reformada, a metafísica do determinismo teológico, e a herança puritana.
Lendo com minha esposa a frase acima, tão extraordinária, lembramo-nos de um cântico que cantávamos em nossa infância, quando alunos da Escola Bíblia Dominical:
EIS ME AQUI, Ó JESUS!
As minhas mãos, tão pequeninas, Eis, meu Jesus, a trabalhar; E meus ouvidos, bem atentos, Estão, Jesus, a Te escutar.
Eis-me aqui, ó Jesus, Mesmo sendo uma criança, Junto a Ti, ó Jesus, Para andar na luz.
Os meus dois pés, tão pequeninos, Querem no Teu caminho andar; Os meus olhinhos, bem abertos, Querem a Bíblia contemplar.
Meu coração é bem pequeno, Mas eu o entrego a Ti, Jesus; Quero bem cedo nesta vida Sempre servir-Te e andar na Luz.
Letra e música de William Augustine Ogden (1841-1897).
Este hino faz parte do volume 1 de Cânticos de Salvação para Crianças (capa amarela), uma publicação da APEC. É o número 87 na edição revisada. A letra no coro é esta:
Eis-me aqui, ó Jesus, Nesta idade tão mimosa, Junto a Ti, ó Jesus, Para andar na luz.
Deixo a sugestão de ao cantar com as crianças a frase: “Nesta idade tão mimosa”, seja substituída por: “Mesmo sendo uma criança”.
Ogden, foi um compositor americano, especialmente de música sacra, regente de coral e educador. Ele serviu na 30ª Infantaria Voluntária de Indiana durante a Guerra Civil Americana e organizou um coral de vozes masculinas, que se tornou bem conhecido. Em 1870, Ogden publicou seu primeiro livro de canções: “A Canção de Prata”. Em 1887, tornou-se superintendente de música nas escolas públicas de Toledo, Ohio.
Diante da frase de Jonathan Edwards e do cântico de Willian Ogden, examinemo-nos a nós mesmos, lembrando da parábola do semeador, narrada pelo nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 13.3-23, e por ele mesmo explicada aos seus discípulos. A quem somos semelhantes?
Ao terreno à beira do caminho, onde a semente caiu, e logo o diabo a levou?
Ao terreno pedregoso, em que a semente caiu e brotou, mas porque não tinha raiz logo secou-se, quando sobrevieram a provação e a perseguição. Prometendo muito momentaneamente, mas desistindo?
Ao terreno cheio de espinhos, anunciando também que haveria uma grande colheita, mas que ficou sufocada com os cuidados deste mundo e com a fascinação da riqueza e da prosperidade?
Ao terreno fértil, que realmente produz grande colheita, porque ouve, entende e pratica a Palavra de Deus?
Que humildes tal qual uma criancinha, cantemos a música: “EIS ME AQUI Ó JESUS”, confessando nossas faltas e consagrando todo o nosso ser ao SENHOR! Talvez adaptando a letra da segunda linha do coro para: “Nesta idade tão idosa”, ou ”Nesta idade em que me encontro”.
Deixe abaixo o seu comentário. Você chegou a cantar esta música na infância? Esta cantando hoje pela primeira vez? Como você reage diante da frase de Jonathan Edwards? Na época de Jonathan Edwards tempo houve um poderoso avivamento realizado pelo Espírito Santo de Deus. Como necessitamos desta visitação do Alto hoje!
Gilberto Celeti 