A PERGUNTA DE SÓCRATES – O FILÓSOFO

Conta-se que, quando Sócrates voltava para Atenas, sempre perguntava:
— Onde estão as crianças?
— Por que perguntas pelas crianças?
— Porque o futuro de Atenas depende destas crianças!

Meditar nesta pergunta séria e solene: ONDE ESTÃO AS CRIANÇAS? faz estremecer, porque:

Há falta de interesse, de cuidado, de amor e de compreensão para com os filhos, e isso determinará, sem dúvida, o que acontecerá com a próxima geração.
Há omissão no ensino da Palavra de Deus e há falta de visão para se levar as crianças a colocarem em Deus a sua confiança, e isso, sem dúvida, fará surgir uma geração infiel e rebelde, como muito bem escreveu Asafe, no Salmo 78:8 – “…e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus.”
Onde estão as crianças?

Estão exatamente onde os adultos as têm deixado: tele dependentes, viciadas na internet, consumidoras desenfreadas, abandonadas à própria sorte e à influência daqueles que manipulam crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos por motivos daninhos, egoístas e diabólicos.

O futuro depende destas crianças!

Se alguém deseja trabalhar por um futuro melhor é urgente trabalhar melhor com as crianças que estão hoje em suas mãos. Amanhã será tarde demais. A recomendação da Palavra de Deus é cristalina: “Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.” (Provérbios 22:6)

E de maneira magistral, preparando o povo de Israel que finalmente vai entrar na terra prometida, Deus dá a seguinte instrução por meio de Moisés, após a declaração dos dez mandamentos: “São estes os mandamentos, os estatutos e os juízos que o Senhor, seu Deus, ordenou que fossem ensinados a vocês, para que vocês os cumprissem na terra em que vão entrar e possuir, para que durante todos os dias da sua vida vocês, os seus filhos, e os filhos dos seus filhos temam o Senhor, seu Deus, e guardem todos os seus estatutos e mandamentos que eu lhes ordeno, e para que os seus dias sejam prolongados.” (Deuteronômio 6:1,2). O futuro deles bem sucedido, dependeria de investirem em suas crianças: “Estas palavras que hoje lhe ordeno estarão no seu coração. Você as inculcará a seus filhos, e delas falará quando estiver sentado em sua casa, andando pelo caminho, ao deitar-se e ao levantar-se.” (Deuteronômio 6:6,7)

É urgente evangelizar as crianças, e há tantas estratégias e ministérios que podem ser desenvolvidos para que, diante da pergunta: ONDE ESTÃO AS CRIANÇAS? a respostas possa ser: ESTÃO SALVAS EM CRISTO JESUS!

Conheça aqui algumas estratégias especiais.

Seu filho, sua filha, seu neto, sua neta, suas crianças, onde estão? Já estão em CRISTO JESUS?

Aí, sim, haverá bom futuro!
Não só um futuro melhor para o tempo tão breve da existência humana aqui na Terra, como para toda a eternidade!
INVISTA PARA QUE AS CRIANÇAS RECEBAM A VIDA ETERNA!

Gilberto Celeti

AVIVA A TUA OBRA, Ó SENHOR

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James I. Packer, falecido na sexta-feira, dia 17 de julho de 2020, com 93 anos, teólogo, professor e escritor extraordinário, com mais de três milhões de exemplares vendidos, afirmou num de seus livros:

“Os pais já não ensinam a Bíblia aos filhos em casa; os pregadores, na igreja, são geralmente temáticos e superficiais, em vez de expositivos e teológicos; o ensino da Escola Dominical é muitas vezes rudimentar no que diz respeito à Bíblia; o sistema educacional público e a mídia, tanto a popular como a acadêmica, tratam o cristianismo como uma letra morta, sobrevivente apenas como um hobby para pessoas de um estilo singular. Assim, não há em nossa cultura o menor encorajamento para se tornar biblicamente literato, e o resultado é uma geração assustadora e pateticamente ignorante da Palavra de Deus. Não se pode esperar nenhum movimento significativo em direção a Deus enquanto as coisas permanecerem como estão.”

Que constatação! Será que não chegou a hora, neste momento em que o Coronavírus está levando as pessoas, as organizações e as igrejas a repensarem suas ações e motivações, para que estabeleçam como prioridade fazer um movimento significativo em direção a Deus?

É urgente que os pais priorizem o ensino da Bíblia aos filhos; os pregadores se especializem no ensino expositivo e teológico da Palavra de Deus; o ensino da Escola Dominical seja aprofundado; que a Palavra de Deus ocupe um lugar de respeito no seio da sociedade.

Como isso será possível? Depende mesmo da ação do Espírito Santo de Deus. Precisamos orar como Habacuque: “Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida.” (Habacuque 3:2).

Gilberto Celeti

ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA PARA GANHAR AS CRIANÇAS PARA JESUS

A FALTA DE VISÃO DA NECESSIDADE DE EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS

Realizamos recentemente uma pesquisa com a seguinte pergunta:

Em sua opinião qual é a porcentagem de crianças, de sua cidade, que participa de alguma atividade promovida por uma igreja evangélica:

(  ) De 0% a 25%? – (  ) De 25% a 50%? – (  ) De 50% a 75%? – (  ) De 75% a 100%?”

No final da pesquisa, o resultado foi:

> 52% responderam que é de 0% a 25% a porcentagem de crianças alcançadas pela Igreja Evangélica.31% afirmaram que o alcance das crianças pela Igreja Evangélica chega a ser de 25% a 50%.

> 12% disseram que este alcance fica entre 50% e 75%;

> 2% apenas acharam que 75% a 100% das crianças da cidade são alcançadas pela Igreja.

É claro que as respostas representaram simplesmente a opinião de algumas pessoas. Elas não são de um censo oficial. Chegaram de diferentes lugares e não representam a totalidade do nosso país.

No entanto, estes números refletem uma realidade: É bem pequeno o esforço das Igrejas Evangélicas para alcançar as crianças na sua própria vizinhança.

ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – GANHAR AS CRIANÇAS PARA CRISTO!

Ao tentar descobrir as causas desta indiferença quanto ao alcance das crianças, afirmamos que uma das principais razões é a falta de percepção que as crianças necessitam de evangelização.

Diante das palavras de Jesus: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Marcos 10:14), há uma compreensão generalizada e equivocada de que as crianças já estão salvas e não precisam, portanto, ser evangelizadas.

É muito interessante observar que, na ocasião em que o Senhor Jesus disse aquelas palavras, Ele estava indignado com os Seus discípulos, cuja atitude era a de impedir que as crianças viessem a Ele.

E é exatamente com base nessas palavras de Jesus que reside esta compreensão errada que ainda hoje impede que as crianças sejam evangelizadas.

A Nova Tradução da Linguagem de Hoje (SBB) assim apresenta o texto: “… algumas pessoas levaram as suas crianças a Jesus para que Ele as abençoasse, mas os discípulos repreenderam aquelas pessoas. Quando viu isso, Jesus não gostou e disse: Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nEle. Então Jesus abraçou as crianças e as abençoou, pondo as mãos sobre elas” (Marcos 10:13-16).

Veja bem que Jesus não está dizendo que o Reino de Deus é das crianças e sim daqueles que são como as crianças, ou daqueles que recebem o Reino de Deus como uma criança. Ela precisa receber o Reino de Deus e o adulto, ao fazer o mesmo, deve fazê-lo como uma criança.

Um fato que não recebe a devida atenção é que as crianças são mais receptivas ao evangelho do que os adultos. Há uma cegueira generalizada para esta realidade. A criança é humilde e não está enredada por pecados graves e pela sedução do mundo. Quanto mais uma pessoa avança em sua idade, mais dificuldade terá para confiar somente em Cristo e ser salva.

As estatísticas apontam que em cada 100 crentes nascidos de novo pela fé em Cristo, 4% creram em Cristo após os 30 anos de idade; 10% creram entre 15 e 30 anos; 85% creram entre 4 e 14 anos e 1% creram antes dos 4 anos.

ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – OLHAR PARA AS CRIANÇAS DO BAIRRO

Quando será que os crentes e as Igrejas, que ainda não acordaram para esse fato, olharão para as crianças ao seu redor e investirão numa estratégia para alcançá-las?

Quando ouvirão o apelo do Senhor: “Deixem que as crianças venham a mim”?

Quando será vista a excelência numa ação evangelizadora das crianças. Numa atitude de receber, de abraçar e de abençoar as crianças?

Olhe bem para a quantidade de crianças ao seu redor e responda:

> Que porcentagem destas crianças pode ser alvo do esforço missionário seu e de sua Igreja?

> Que estratégia pode ser utilizada?

> Como despertar os crentes para esta preciosa tarefa?

> Como dar a devida orientação e capacitação para o evangelismo das crianças?

ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – SINAL VERDE PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS

Estas perguntas exigem AÇÃO e há tanto que se pode fazer para alcançar o maior número possível de crianças:

> EBF´s, nas igrejas nos períodos de férias escolares.

> Clubes Bíblicos, nos lares cristãos, nas férias ou semanalmente.

> Campanhas Evangelísticas, no mês da criança.

> Projeto “Bola que Fala”, com o programa Sou do Time de Deus.

> Turmas da Bíblia com o Programa “Investigadores da Bíblia”.

> Aulas Semanais, em Creches e em Escolas.

> Retiros em Acampamentos, em finais de semana.

> Uma excelente e frutífera estratégia é treinar as crianças já salvas da própria Igreja para que elas mesmas ganhem os seus amigos para Cristo. A APEC tem um Programa para isso, denominado: Crianças em Ação.

Medite nesta afirmação de George Barna: “Uma criança conduzindo seu coleguinha aos pés de Jesus para uma experiência transformadora é um dos meios mais eficientes e produtivos de evangelismo no país”.

“Jesus abraçou as crianças e as abençoou, pondo as mãos sobre elas” (Marcos 10:16). Está na hora de fazer o mesmo para que numa próxima pesquisa possamos nos alegrar e constatar que, pelo menos, mais de 50% das crianças da nossa vizinhança e da nossa cidade são abraçadas e abençoadas por Jesus, por nosso intermédio.

ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – USE A APEC COMO SUA PARCEIRA

A APEC mais próxima de você e de sua igreja está pronta para cooperar na formação de uma estratégia revolucionária para o alcance das crianças do seu bairro e sua cidade.

A visão da APEC é exatamente esta: Cooperar com a Igreja para que as crianças: (1) sejam evangelizadas, (2) sejam discipuladas e (3) sejam integradas à Igreja, o Corpo de Cristo.

A missão da APEC inclui:

> Capacitar pessoas para o trabalho da evangelização e discipulado das crianças que não estão vindo à igreja, e por meio das crianças, os pais são também alcançados.

> Desenvolver ministérios especiais para o alcance das crianças.

> Produzir material didático ilustrado, bíblico, evangelístico com conteúdo e criatividade, que possa ser usado na obra missionária com as crianças.

Que breve, uma nova pesquisa seja feita e que este quadro colocado no início desta matéria seja melhorado e possamos ver uma porcentagem bem maior, se possível chegando aos 100% de crianças da vizinhança da igreja sendo alcançadas com a Palavra de Deus e a mensagem do Evangelho.

Tudo isso, unicamente para a GLÓRIA DE DEUS!

Lembremo-nos que “As crianças são as mensagens viventes que mandaremos para uma época futura, na qual não estaremos. ” (Samuel Libert)

Gilberto Celeti – superintendente nacional da APEC

APEC – Aliança Pró Evangelização das Crianças

A INFÂNCIA – POESIA X DURA REALIDADE

A INFÂNCIA POÉTICA

Casimiro José Marques de Abreu (1839-1860) poeta brasileiro, nascido no interior do Rio de Janeiro, na cidade que hoje tem o seu nome, escreveu o poema MEUS OITO ANOS, um clássico da literatura brasileira, que retrata sentimentos de um tempo distante e feliz da meninice. É uma poesia muito bonita, que transcrevo:

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor!

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã.
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberto ao peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! Que saudades que tenho
Da aurora de minha vida (…)

Até que ponto estas palavras tão lindas expressam a realidade da infância de todas as crianças? Será a infância algo a ser cantado pelos poetas? Poeticamente falando, a infância é retratada como um tempo bastante agradável, de delícias infindas e que só vai deixar na memória do indivíduo gratas recordações. No entanto, a realidade é diferente. Constatamos que a experiência individual de muitas crianças é dura, solitária, sofrida, marcada pela indiferença e pela incompreensão. Há falta dessa excelência cantada muito bem por Casimiro de Abreu. Pense em sua própria infância.

As crianças de todas as camadas sociais, desde as mais miseráveis até as multimilionárias, experimentam algum tipo de abuso e de abandono. Vivemos em uma sociedade tão contra as crianças, que extermina diariamente milhares de crianças em formação, ainda no ventre materno. A indústria do aborto é uma realidade assustadora.

AS CRIANÇAS NO TEMPO DO PROFETA JEREMIAS

O profeta Jeremias registrou, no Livro de Lamentações, todo o seu choro de tristeza e de lamento. O livro retrata com traços fortes a angústia do coração desse servo de Deus, vendo a destruição da cidade amada, Jerusalém. A cidade incendiada e o povo sendo levado cativo formavam um quadro de humilhação e de desesperança. Nessa caminhada desoladora, Jeremias mostra também as crianças.

As impactantes lamentações de Jeremias descrevem o momento de horror na história do povo de Israel, a caminho do cativeiro na Babilônia. Que tribulação angustiante! Jeremias vê a cena assustadora das crianças andando famintas e gritando por um pedaço de pão, e o profeta declara: “Com lágrimas se consumiram os meus olhos, turbada está a minha alma, e o meu coração se derramou de angústia por causa da calamidade da filha do meu povo; pois desfalecem de fome os meninos e as crianças de peito pelas ruas da cidade” (Lamentações 2.11).

O registro feito por Jeremias descrevendo a fome das crianças é de cortar o coração: “Dizem às mães: Onde há pão e vinho?, quando desfalecem como o ferido pelas ruas da cidade ou quando exalam a alma nos braços de sua mãe” (Lamentações 2.12) e ainda: “A língua da criança que mama fica pegada pela sede, ao céu da boca; os meninos pedem pão, e ninguém há que lho dê” (Lamentações 4.4).

Não conheço nada mais dramático do que a lamentação registrada no capítulo 4, versos 9 e 10: “Mais felizes foram as vítimas da espada do que as vítimas da fome; porque estas se definham atingidas mortalmente pela falta do produto dos campos. As mãos das mulheres, outrora compassivas, cozeram os seus próprios filhos; estes lhes serviram de alimento na destruição da filha do meu povo”.

AS CRIANÇAS EM NOSSO TEMPO

Haveria alguma similaridade entre a época de Neemias e a nossa?

  • Quem ouve o grito das crianças com fome em quase todas as nações da terra? Em algumas nações o número de meninos e meninas literalmente famintos é espantoso.
  • Quem ouve o grito das crianças nos campos de refugiados? E nas periferias das imensas, sofisticadas e congestionadas cidades, verdadeiras megalópoles, onde tantos pequenos sobrevivem catando comida nos lixões?
  • Quem ouve o grito das crianças abusadas verbalmente, tratadas aos gritos sem a mínima consideração?
  • Quem ouve o grito das crianças abusadas fisicamente, tratadas com violência (Procure nas estatísticas dos hospitais o número tão elevado de crianças identificadas como vítimas de maus tratos corporais).
  • Quem ouve o grito das crianças abusadas sexualmente e que perdem completamente a confiança nas pessoas, pois aquelas que deveriam respeitá-las e protegê-las se aproveitam delas para satisfazerem seus desejos torpes e corrompidos?
  • Quem ouve o grito das crianças que não conseguem nem um pouquinho de atenção, de afeto, de consideração, de calor humano; que não encontram quem por elas se interessem, ou com quem possam conversar e contar suas preocupações, anseios e descobertas?
  • Quem ouve o grito das crianças que sofrem de terríveis pesadelos durante a noite, por terem durante o dia todo enchido as suas mentes com jogos violentos, com desenhos animados e filmes onde ideias satânicas são introduzidas com intensidade e com força?
  • Quem ouve o grito das crianças que anseiam por saber o porquê de todas as coisas, mas que em vez de serem conduzidas ao encantamento de descobrir o maravilhoso universo da criação – com a terra e os oceanos povoados por milhões de espécies animais e vegetais, e com as galáxias e seus bilhões de estrelas – são conduzidas ao mundo irreal da tecnologia digital? Tais crianças têm pouquíssimo contato com a criação de Deus, sendo ainda ensinadas que tudo surgiu devido a um processo desconhecido de evolução, por sinal nada científico.
  • Quem ouve o grito das crianças famintas espiritualmente, mas que não têm a oportunidade de se alimentar do Pão Vivo que desceu do céu? Tais crianças muitas vezes ficam enredadas nas malhas das seitas e das religiões, distantes da singeleza do evangelho de Jesus.

Não! Não dá para olhar para o tempo de infância com o mesmo olhar do poeta. A realidade é tão dolorosa que R. Carlson, escritor americano, afirmou com muita propriedade: “A história da humanidade é um verdadeiro pesadelo se escrita do ponto de vista da criança”. Haverá alguma saída?

No livro de Lamentações encontramos o clamor do coração do profeta: “QUERO TRAZER À MEMÓRIA O QUE ME PODE DAR ESPERANÇA” (Lamentações 3.21).

OREMOS E ANUNCIEMOS JESUS ÀS CRIANÇAS

Este foi o desafio do profeta Jeremias: “Levante-se e clame de noite, no princípio das vigílias. Derrame, como água, o coração diante do Senhor; levante a ele as mãos, pela vida de seus filhinhos, que desfalecem de fome nas esquinas de todas as ruas.” (Lamentações 2:19).

Finalizo deixando esta poesia como desafio para nossa oração e ação confiante e esperançosa:

Vamos servos do Senhor, esta é hora!
As crianças alcancemos pra Jesus!
O Evangelho anunciemos, sem demora!
Brilhe nesta escuridão a nossa luz!
As crianças para Deus esta é nossa missão!
Norte, sul, leste, oeste em cada estado,
Uniremos nossas mãos e oração
Pra Jesus, entre as crianças, ser pregado!

Há investimento forte do inimigo,
Para dominar a mente das crianças;
Esta nova geração corre perigo,
O pecado tudo estraga e o mal avança.
As crianças para Deus esta é nossa missão!
Norte, sul, leste, oeste em cada estado,
Uniremos nossas mãos e oração
Pra Jesus, entre as crianças, ser pregado!

E os meninos e as meninas alcançados
Ficarão alicerçados na verdade,
Serão homens e mulheres consagrados
Uma bênção para toda a humanidade.
As crianças para Deus esta é nossa missão!
Norte, sul, leste, oeste em cada estado,
Uniremos nossas mãos e oração
Pra Jesus, entre as crianças, ser pregado!

Gilberto Celeti

Esta poesia foi musicada pelo missionário Ismael Santos Lira e usada como hino oficial do Congresso da APEC, quando a missão, em 2011, comemorou os 70 anos de existência no Brasil. A segunda estrofe ficou sendo o coro deste hino, uma marcha, que nos desafia a entrar na batalha pela evangelização das crianças.

Quer aprender a melodia? Quer ensiná-la em sua igreja? Quer desafiar mais “soldados” para fazerem missões entre as crianças? Então acesse aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=4SehmtOWpGU

Neste vídeo de 2011, a música está sendo cantada, sob a regência do Ismael Lira, durante o Simpósio realizado na Igreja Congregacional Central de Campina Grande-PB.

OREMOS em favor das igrejas que realizarão nas férias de julho deste ano uma EBF – Escola Bíblica de Férias. OREMOS também em favor dos Acampamentos Evangélicos..
Que milhares de crianças creiam em Cristo Jesus como Salvador e sejam salvas!

Que muitas crianças dediquem suas vidas para servir ao SENHOR!

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FALTA DE INVESTIMENTO NA CRIANÇA

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Continua hoje a falta de visão, de interesse e de investimento na formação da nova geração.
Será que chegará o dia quando os homens olharão para as crianças com um olhar sábio? E perceberão que investir nas crianças, para que tenham um desenvolvimento saudável em todos os níveis é a coisa mais importante a ser feita?

É PRECISO INVESTIR NAS CRIANÇAS

Este questionamento surgiu após a leitura de uma matéria escrita por F. Zakaria no “The Washington Post” falando sobre o fim do sonho americano e que foi reproduzida no jornal “O Estado de São Paulo”, no dia 18 de agosto de 2013.
O autor, analisando a situação difícil do seu país, no caso os EUA, afirmava que para recuperarem seu poder e prestígio, seria necessário investir nas crianças, e destacava, entre outras coisas:
• As cidades são melhores onde as famílias têm vínculos consistentes, grupos de apoio cívico e voltados para serviços comunitários.
• Os EUA, de forma geral, têm um desempenho medíocre porque o país tem muito mais famílias desfeitas do que as outras nações.
• Constatou-se também que o país gasta bem menos em educação das crianças e no bem-estar dos mais pobres, especialmente das crianças, do que qualquer outra nação rica.
• Ficou claro também que países que investem em saúde e educação infantil têm uma ascensão social mais vigorosa.

OS DESAFIOS DA PRIMEIRA INFÂNCIA

Em 2017, as revistas Exame e Veja, organizaram a vinda do Dr. James Heckman, prêmio Nobel de Economia no ano 2000, que tendo criado métodos científicos para avaliar a eficácia de programas sociais, dedicou-se a estudar a primeira infância — para ele, um divisor de águas.
A sua palestra: “Os desafios da primeira infância – Por que investir em crianças de zero a 6 anos vai mudar o Brasil” mostrou a imperiosa necessidade de estimular as crianças nos primeiros anos de vida para que a pessoa tenha sucesso na vida adulta.
Para ele nesta idade o cérebro se desenvolve em velocidade frenética e tem um enorme poder de absorção, como uma esponja maleável. As primeiras impressões e experiências na vida preparam o terreno sobre o qual o conhecimento e as emoções vão se desenvolver mais tarde. Se essa base for frágil, as chances de sucesso cairão; se ela for sólida, vão disparar na mesma proporção. Por isso, ele defende os estímulos desde muito cedo. Para ele, investir em crianças de zero a 6 anos é que pode mudar uma nação.

CRIANÇA – TEMA DE ESTADISTA

Há alguns anos atrás, Pedro Malan, que foi ministro no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, escreveu que criança é tema de estadista.
O grande problema é que não se encontra em parte alguma, um estadista. Será que um dia surgirá um estadista no Brasil? Todos ficam tão envolvidos nas urgências do dia a dia, que lhe garantam ganhar nas próximas eleições, que não percebem o tempo passando rapidamente e as crianças sendo esquecidas.
É assim com os pais, tão envolvidos em suas atividades e com suas preocupações para a manutenção de suas famílias e seus status, que não lhes sobra tempo para acompanhar o desenvolvimento dos filhos, e muito menos para conversar, brincar, ler um livro, ter um tempo devocional com seus filhos.
É assim também com diáconos, presbíteros e pastores, líderes das igrejas locais que percebem a criança como um grande problema. Como fazê-las se comportar bem na igreja sem perturbarem as reuniões e as conversas dos adultos com suas correrias e gritarias? Como ter uma boa equipe de monitores que possam cuidar das crianças de maneira que os seus pais possam, com tranquilidade, assistir e participar das reuniões?
É assim com os responsáveis pelos serviços públicos, que no máximo, se empenham em ter espaços onde possam acomodar as crianças de maneira que seus pais possam ir para os seus empregos sabendo que as crianças estão dentro de uma creche ou de uma escola, e assim os prédios vão sendo construídos.
E a real formação da criança? Como que fica? Lamentavelmente, a mídia tem exercido um papel cada vez mais influenciador, ditando normas de comportamento e modos de sentir e de pensar. Há também muitos que se utilizam dos currículos nas escolas, dos brinquedos e jogos infantis, para introduzirem seus conceitos de ordem política, religiosa e moral. A questão da ideologia de gênero, por exemplo, é uma aberração total.
Onde, efetivamente, se vê crianças aprendendo a pensar?

É PRECISO INVESTIR NAS CRIANÇAS!

Este imperativo deveria ser levado a sério pelos governantes das nações, pelos líderes das igrejas e pelos pais.
Que o papel de influenciador de nova geração seja exercido com maior intensidade por homens e mulheres que amam ao Senhor e a Sua palavra e que mudem radicalmente a maneira de lidar com as crianças em casa e na igreja.
Que as crianças sejam colocadas no centro das atenções e que a prioridade seja investir para que, desde a tenra infância, as crianças conheçam as Sagradas Escrituras, sejam evangelizadas e discipuladas e se tornem sábias “para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” (2 Timóteo 3:15).
Aí, sim, haverá bom futuro!

Gilberto Celeti
Servindo a Deus na APEC desde 1973