UMA HISTÓRIA DE FÉ E ESPERANÇA

Era uma vez um homem que tinha tudo para figurar nas páginas policiais dos jornais como marginal. O seu nome é Jabez e sua história é tão breve que quase passa despercebida entre os muitos nomes de descendentes de Judá: Foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo: Porque com dores o dei à luz. Jabez invocou o Deus de Israel dizendo:

Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido“. (1 Crônicas 4.9-10).

O drama de Jabez vem do berço, já que as circunstâncias do seu nascimento são as piores possíveis. O menino recebeu esse nome para sua mãe lembrar o sofrimento que tivera ao dar à luz. Aliás, o nome Jabez significa isso: “o infeliz, o que sofre”. Imagine alguém receber um nome que faz lembrar as dores de sua mãe! Quanta gozação Jabez deve ter recebido dos colegas de escola ou da vizinhança: “Ó sofredor! Ó triste! Ó infeliz!”.

A experiência de Jabez aponta para dois cuidados básicos, que todos os pais devem ter. O primeiro: não dar nomes sem sentido ou ridículos para os filhos. Há crianças marcadas para sempre, porque seu nome é grotesco, dando margem para zombaria. O segundo: os pais devem evitar transferir para os filhos seus traumas, problemas, decepções e dores. Essas coisas, quando lançadas sobre as crianças, poderão se tornar fardos pesados demais para elas.

No caso de Jabez, deu a volta por cima. Ele mostra que começo desfavorável não é justificativa para vida de derrota. O seu futuro pode ser diferente do seu passado. Isso aconteceu com Jabez. Diz a Bíblia: “Foi Jabez foi mais ilustre do que seus irmãos“. Qual foi o segredo da virada? Ele invocou o Deus de Israel. Pela fé somos tirados do fracasso, da dor e conduzidos ao triunfo. “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo…” (2 Coríntios 2.14).

A oração específica de Jabez é uma pérola preciosa! É algo elevado e desafiador. Cada cristão deve orar de modo semelhante.

Oh! Tomara me abençoes”, orou Jabez. O homem percebeu quão pobre era. Ao mesmo tempo, compreendeu que Deus poderia enriquecê-lo com sua bênção. Aquele foi um pedido conforme a vontade divina, pois Ele tem prometido suprir em glória por Cristo, cada uma das nossas necessidades (Filipenses 4.19).

Continuou: “E me alargues as fronteiras”. Ele sentia-se preso ao passado. Parece que desenvolveu uma imagem negativa de si mesmo. Então, pede libertação daquilo que o impede de ir adiante. Ele deseja andar com maior largueza, com fronteiras mais amplas.

Que seja comigo a tua mão e me preserves do mal”. Através deste novo pedido, compreendemos que também sentia-se fraco. Reconhece Deus como todo-poderoso, como aquele que dá força ao fraco e levanta o abatido. Como disse Paulo: “O poder (de Cristo) se aperfeiçoa na fraqueza…” (2 Coríntios 12.9).

E por fim, Jabez pede contentamento: “Não me sobrevenha aflição”. Com estas palavras, Jabez mostra-se um homem sofrido, aflito, como diz o seu nome. Contudo, não ficou lamentando pela vida. Ele orou a Deus pedindo paz e alegria plena, que independem de circunstâncias favoráveis. Você também sente-se como Jabez? Confie a Deus suas desventuras. Acredite: Ele poderá fazer do seu limão uma limonada.

A história de Jabez termina assim: “E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”. Deus quer nos conduzir a vitória. Que grande esperança traz a biografia de Jabez! Traz a certeza de que Deus pode mudar completamente a vida de alguém que confia nele, mesmo sendo uma alma aflita, como Jabez.

Antônio Paulo de Oliveira (1951-2021)

Breve Histórico:

O Pr. Antônio Paulo de Oliveira, com sua esposa Ana Lúcia Sicsu de Oliveira serviu 13 anos como missionário na APEC (1975-1988) e 33 anos como pastor na Igreja Batista Regular (1988-2021). Pastoreou a Igreja Batista Regular Central em Boa Vista/RR (1988-2000). Depois veio para a Igreja Batista Regular do Bairro Assunção em São Bernardo do Campo/SP (2000-2020). Em dezembro de 2020 retornou para Boa Vista para pastorear a Igreja Batista Regular Calvário, onde ficou pouquíssimo tempo (12/2020–02/2021), pois tanto ele como sua esposa, devido à Covid 19, foram chamados pelo Senhor à Sua presença, no céu.

Durante todos estes anos, seu coração, como o de sua esposa sempre estiveram ligados à APEC. A. Paulo foi professor em diversos Cursos, conferencista nos Simpósios e Congressos, articulista da Revista “O Evangelista de Crianças” e membro da Diretoria Nacional, exercendo a presidência muitas vezes.

Durante os anos do seu pastorado, a cada semana, eu recebia uma preciosa mensagem do meu amigo, Pr. Antônio Paulo de Oliveira. Algumas de suas mensagens semanais (quase todas com o sabor de crônicas), foram reunidas em dois livros: “No Passo dos Meninos”, uma publicação da APEC e “Coisas do Alto”, uma publicação da Bunker Editorial. Este último, lançado também no início de 2021, lamentavelmente o Pr. Antonio Paulo não chegou a tê-lo em mãos.

Estou certo que o Pr. Antônio Paulo teria uma alegria imensa que suas mensagens fossem abençoadoras para o maior número de pessoas possível, razão pela qual a cada semana estamos enviando para nossos contatos. Pode também compartilhar para seus amigos.

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NO PASSO DOS MENINOS

COISAS DO ALTO

SALMO 119 – VERSO 123

“Os meus olhos desfalecem à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.” (Salmo 119:123)

No hebraico este versículo inicia com a letra “ ע  Ayin” formando a palavra עֵינַי “EYNAY”, (os meus olhos). Já mencionamos que o nome desta letra também significa olho, visão e que a letra em si não tem som. Isto traz a ideia que embora seja uma letra muda, no entanto vê; indicando compreensão, percepção. Todos os versículos deste bloco (121 a 128) começam com “Ayin”, letra que não tem correspondente na língua portuguesa.

Jeremias ao escrever o livro de Lamentações, nos capítulos 1 a 4, também usou o mesmo método do escritor do Salmo 119, fazendo com que os 22 versículos de cada capítulo iniciassem com as letras do alfabeto hebraico. No capítulo 3, Jeremias usa as letras de três em três versículos, contendo então este capítulo 66 versículos. Veja como Jeremias destaca os “OLHOS” ao escrever os versículos iniciados com a letra “Ayin”:

  • “Por estas coisas, eu choro; os MEUS OLHOS, os MEUS OLHOS se desfazem em lágrimas. Porque o consolador, que devia restaurar as minhas forças, se afastou de mim. Os meus filhos estão desolados, porque o inimigo prevaleceu” (Lamentações 1:16).
  • “O Senhor fez o que tinha EM VISTA; cumpriu a ameaça que pronunciou desde os dias da antiguidade. Derrubou sem dó nem piedade; deixou que os inimigos se alegrassem por causa de você e exaltou o poder dos seus adversários” (Lamentações 2:17).
  • “Os MEUS OLHOS choram, não cessam, e não há descanso, até que o Senhor atenda e VEJA lá do céu. O que VEJO entristece a minha alma: o sofrimento de todas as filhas da minha cidade” (Lamentações 3:49-51).
  • “OS NOSSOS OLHOS ainda desfalecem, esperando socorro que nunca chega; de nossas torres, temos OLHADO para um povo que não nos pode livrar” (Lamentações 4:17).

Perceba que no versículo 123 do Salmo 119, o sentimento e a percepção do salmista são idênticas as de Jeremias: “Os meus OLHOS desfalecem à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.” Jeremias afirma: “esperando socorro que nunca chega”, “OLHANDO para um povo que não nos pode livrar”, e vendo que “o inimigo prevaleceu”.

Quando a expectativa do cumprimento da promessa de Deus está prestes a desaparecer, o que fazer? Foi Jeremias também, que expressou esta espera angustiante por uma libertação que não chega, ao registrar: “Ó Esperança de Israel e Redentor do teu povo no tempo da angústia, por que serias como estrangeiro na terra e como viajante que fica só uma noite? Por que serias como homem que foi pego de surpresa, como valente que não pode salvar? Mas tu, ó Senhor , estás em nosso meio, e nós somos chamados pelo teu nome. Não nos abandones!” (Jeremias 14:8,9). O fato é que embora sem enxergar uma saída, ou a luz no fim do túnel, apesar dos olhos desfalecerem de tanto chorar, não há razão para desistir da esperança. Quantas vezes o futuro, na história dos servos de Deus, pode ser comparado com um beco sem saída, mas mesmo assim aquela expectativa santa manteve a confiança nas promessas da Palavra de Deus.

Os olhos (indicando a capacidade de perceber, de compreender, de avaliar os acontecimentos, de considerar o certo e o errado, o bem e o mal, apesar de todas as circunstâncias hostis) continuam esperando pela salvação e confiando na Palavra de Deus, continuam confiando nas Suas promessas, e firmados na esperança, continuam mantendo a atitude de louvor e adoração a Deus. Há um paradoxo aqui: um desfalecimento na espera tão demorada e ao mesmo tempo um descanso, no Eterno.

Davi registra isto de maneira extraordinariamente maravilhosa: “Não se irrite por causa dos malfeitores, nem tenha inveja dos que praticam a iniquidade. Pois em breve eles secarão como a relva e murcharão como a erva verde. CONFIE no Senhor e faça o bem; habite na terra e alimente-se da verdade. AGRADE-SE do Senhor , e ele satisfará os desejos do seu coração. Entregue o seu caminho ao Senhor, CONFIE nele, e o mais ele fará. Fará com que a sua justiça sobressaia como a luz e que o seu direito brilhe como o sol ao meio-dia. DESCANSE no Senhor e ESPERE nele; não se irrite por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do que realiza os seus maus desígnios. Deixe a ira, abandone o furor; não se irrite; certamente isso acabará mal. Porque os malfeitores serão exterminados, mas os que ESPERAM no Senhor possuirão a terra. Mais um pouco de tempo, e já não existirão os ímpios; você procurará no lugar onde eles estavam e não os encontrará. Mas os mansos herdarão a terra e terão alegria na abundância de paz” (Salmo 37:1-11).

E este salmo termina assim: “O perverso espreita o justo e procura tirar-lhe a vida. Mas o Senhor não o deixará nas mãos do perverso, nem o condenará quando for julgado. ESPERE no Senhor e ANDE nos seus caminhos; ele o exaltará para que você herde a terra; você verá quando os ímpios forem exterminados. Vi um ímpio prepotente expandir-se como um cedro do Líbano. Passei, e eis que havia desaparecido; procurei-o, e já não foi encontrado. Observe aquele que é íntegro e reto; porque o futuro dele será de paz. Quanto aos transgressores, serão todos destruídos; a descendência dos ímpios será exterminada. Mas a salvação dos justos vem do Senhor; ele é a fortaleza deles em tempos de angústia. O Senhor os ajuda e os livra; livra-os dos ímpios e os salva, porque nele buscam refúgio” (Salmo 37:32-40).

Nas Escrituras, em todo o período da história coberto pelo Antigo Testamento, destaca-se firmemente a promessa do Eterno Deus, de que a justiça se estabelecerá, e a história perseverante de homens e mulheres que viveram a espera da concretização desta promessa. São décadas, séculos e milênios de história que ficam resumidos num único capítulo, o capítulo onze de Hebreus, com alguns nomes que são conhecidos como a galeria dos heróis da fé. Que histórias estupendas estão ali registradas, e todos eles poderiam ter escrito o versículo 123 do salmo 119: “Os meus olhos desfalecem à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.” E o escritor da carta aos Hebreus, afirma que: “O mundo não era digno deles. Andaram errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Todos estes, mesmo tendo obtido bom testemunho por meio da fé, não obtiveram a concretização da promessa” (Hebreus 11:38,39).

Em todo o período do Antigo Testamento, destacam-se momentos em que a promessa, que pela primeira vez fora dada por Deus, ainda no Jardim do Édem, de que viria um descendente da mulher que esmagaria a cabeça de satanás, foi novamente firmada, por meio de alianças, como as que foram feitas com Noé, com Abraão, com Moisés, com Davi. Quando se cumpriria? E os profetas anunciavam: “Eis aí vêm dias, diz o Senhor , em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não segundo a aliança que fiz com os seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; pois eles quebraram a minha aliança, apesar de eu ter sido seu esposo, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no seu coração as inscreverei; eu serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: “Conheça o Senhor !” Porque todos me conhecerão, desde o menor até o maior deles, diz o Senhor . Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.” (Jeremias 31:31-34).

Muitos profetas, servos de Deus, passaram por momentos angustiantes, sempre na expectativa que a promessa se cumpriria e deixaram registradas suas palavras, que sempre animaram os fiéis em cada geração:

  • Habacuque 2:3 – “Porque a visão ainda está para se cumprir no tempo determinado; ela se apressa para o fim e não falhará. Mesmo que pareça demorar, espere, porque certamente virá; não tardará.”
  • Habacuque 3:16-19 – “Ouvi isso, e o meu íntimo se comoveu; os meus lábios tremeram ao ouvir a sua voz. A podridão entrou nos meus ossos, e os meus joelhos vacilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angústia, que virá contra o povo que nos ataca. Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na videira; ainda que a colheita da oliveira decepcione, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas desapareçam do aprisco, e nos currais não haja mais gado, mesmo assim eu me alegro no Senhor , e exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza. Ele dá aos meus pés a ligeireza das corças, e me faz andar nas minhas alturas.”
  • Miquéias 7:7 – “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.”
  • Isaías 40:29-31 – “Ele fortalece o cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços, de exaustos, caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.”
  • Isaías 49:23 – “Então você saberá que eu sou o Senhor e que os que esperam em mim não serão envergonhados.”
  • Isaías 64:4 – “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com os ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.”

E é importante lembrar que em todas as épocas, mesmo nas mais desanimadoras, há uma realidade que precisa ser considerada e que Deus revelou ao  profeta Elias, que se encontrava extremamente desesperançado: “Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou.”  (1 Reis 19:18). Sim, Deus sempre teve um remanescente fiel! Foi o que também deixou registrado o profeta Isaías: “Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado alguns sobreviventes, já nos teríamos tornado como Sodoma e semelhantes a Gomorra.” (Isaías 1:9).

Quando chegamos ao tempo do Novo Testamento, é muito importante notar a maneira como Lucas apresenta o seu evangelho, fazendo a seguinte introdução: “Visto que muitos já empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim pareceu bem, depois de cuidadosa investigação de tudo desde a sua origem, dar-lhe por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que você tenha plena certeza das verdades em que foi instruído.” (Lucas 1:1-4).

Lucas mencionas duas pessoas, provavelmente deste grupo de sete mil desconhecidos que Deus conserva. Homens e mulheres que aguardavam o cumprimento da promessa da vinda do Salvador. Homens e mulheres que fariam suas as palavras do Salmista: “Os meus olhos desfalecem à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.” (Salmo 119:123):

  • Simeão – “Em Jerusalém havia um homem chamado Simeão. Este homem era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. Ele tinha recebido uma revelação do Espírito Santo de que não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: ‘Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel.’” (Lucas 2:25-32).
  • Ana – “Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era bem idosa, tendo vivido com o marido sete anos desde que tinha se casado. Agora era viúva de oitenta e quatro anos. Ela não deixava o templo, mas adorava noite e dia, com jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.” (Lucas 2:36-38).

Foi Lucas também que no final do Evangelho conta o fato ocorrido no caminho de Jerusalém para Emaús, quando dois discípulos iam conversando e Jesus, ressurreto, se aproximou deles sem ser reconhecido. E na conversa um deles assim se expressou: “Nós ESPERÁVAMOS que fosse ele quem havia de redimir Israel. Mas, depois de tudo isto, já estamos no terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.” (Lucas 24:21).

Lucas escreveu o seu segundo livro, Atos, com o mesmo critério que havia usado ao escrever o primeiro, e logo no início registrou os últimos instantes de nosso Senhor Jesus Cristo aqui no mundo: “Depois de ter padecido, Jesus se apresentou vivo a seus apóstolos, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas relacionadas com o Reino de Deus. E, comendo com eles, deu-lhes esta ordem: — Não se afastem de Jerusalém, MAS ESPEREM A PROMESSA do Pai, a qual vocês ouviram de mim. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vocês serão batizados como Espírito Santo, DENTRO DE POUCOS DIAS. Então os que estavam reunidos com Jesus lhe perguntaram: Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel? Jesus respondeu: NÃO CABE A VOCÊS CONHECER TEMPOS OU ÉPOCAS QUE O PAI FIXOU PELA SUA PRÓPRIA AUTORIDADE. Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra. Depois de ter dito isso, Jesus foi elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fixos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois homens vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Homens da Galileia, por que vocês estão olhando para as alturas? Esse Jesus que foi levado do meio de vocês para o céu VIRÁ DO MODO COMO VOCÊS O VIRAM SUBIR.” (Atos 1:3-11).

Vivemos neste período que é identificado como “os últimos dias”. Desde o Pentecostes, registrado em Atos 2 até hoje, o Espírito Santo é que vem atuando com poder em todo o mundo. Jesus, numa conversa especial com seus discípulos já lhes havia ensinado sobre o que estava para acontecer, dizendo: “Mas eu lhes digo a verdade: é melhor para vocês que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vocês; mas, se eu for, eu o enviarei a vocês. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque eles não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.” (João 16:7-11).

Já estamos com dois mil anos de história e neste período, em todos os continentes, o Espírito Santo, por meio de suas testemunhas, tem realizado, no coração de muitos, exatamente o que Paulo escreveu a Tito: “Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos. Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, AGUARDANDO A BENDITA ESPERANÇA e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Ele deu a si mesmo por nós, a fim de nos remir de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, dedicado à prática de boas obras.” (Tito 2:11-14).

Não há privilégio maior do que este: ser um cristão! E ao longo destes dois mil anos de história, há uma história que ainda está em andamento, pois o livro de Atos ficou incompleto. Está sendo escrito. E há capítulos inteiros que mostram incontáveis homens e mulheres cristãos que foram usados para levar a mensagem do evangelho até aos confins da terra. Há ainda etnias a serem alcançadas. E há milhares que foram perseguidos, aprisionados e martirizados, unicamente por serem crentes no Senhor Jesus Cristo e servos de Deus. O autor da carta aos Hebreus escreveu-lhes desta maneira: “Em certos momentos vocês foram transformados em espetáculo, tanto para serem insultados quanto para serem maltratados; em outros vocês se tornaram coparticipantes com aqueles que foram tratados assim. Porque vocês não apenas se compadeceram dos encarcerados, mas também aceitaram com alegria a espoliação dos seus bens, porque sabiam que tinham um patrimônio superior e durável. Portanto, não percam a confiança de vocês, porque ela tem grande recompensa. Vocês precisam perseverar, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcancem a promessa. ‘Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não irá demorar; mas o meu justo viverá pela fé; e, se retroceder, dele a minha alma não se agradará.’ Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição, mas somos da fé, para a preservação da alma.” (Hebreus 10:33-39). Que estejamos sempre atentos a esta porção tão preciosa da carta aos Hebreus!

Se você ainda não leu o LIVRO DOS MÁRTIRES, escrito por John Foxe, procure ler. É extraordinário. Você conhecerá a história de milhares que por sua fé e por sua esperança em Cristo, disseram o mesmo que disse o salmista: “Os meus olhos desfalecem à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.” (Salmo 119:123). E mesmo desfalecendo e sendo torturados e mortos partiram para a eternidade com santa expectativa. É sobre estes que lemos no livro de Apocalipse: “Quando o Cordeiro quebrou o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. Clamaram com voz forte, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então a cada um deles foi dada uma veste branca, e lhes foi pedido que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como eles tinham sido.” (Apocalipse 6:9-11). Estaremos eu e você prontos para fazer parte destes? Em muitos países hoje e em cada século, isto vem acontecendo.

Como cristãos falemos como o salmista: “Os meus olhos desfalecem à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.” (Salmo 119:123). Oremos como o Senhor Jesus Cristo nos ensinou: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o Teu Reino” (Mateus 6:9,10). Exclamemos: MARANATA, palavra aramaica que quer dizer: “Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20).

Como cristãos, concordemos com estas palavras do apóstolo Paulo: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação AGUARDA a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não por sua própria vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será libertada do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, AGUARDANDO a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. Porque NA ESPERANÇA FOMOS SALVOS. Ora, ESPERANÇA QUE SE VÊ NÃO É ESPERANÇA. Pois quem espera o que está vendo? Mas, SE ESPERAMOS O QUE NÃO VEMOS, COM PACIÊNCIA O AGUARDAMOS.” (Romanos 8:18-25).

E podemos concluir relembrando que “agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior deles é o amor.” (1 Coríntios 13:13). E também desejando e orando para “que o próprio Jesus Cristo, nosso Senhor, e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, console o coração de vocês e os fortaleça em toda boa obra e boa palavra.” (2 Tessalonicenses 2:16,17).

AGUARDANDO VIGILANTE O ESPOSO

Que noite longa, demorada, tão comprida,
Tão perigosa, traiçoeira, bem escura;
Vigia atento o sentinela na guarida,
Compenetrado e bem armado na postura.

Por todo lado há inimigos traiçoeiros,
As heresias se aproximam numerosas,
Pecados mostram-se, sempre alvissareiros,
São atraentes as mentiras religiosas.

Oh! Como cresce a ímpia infidelidade!
Oh! Como é forte a vil e tola idolatria!
Oh! Como é sempre desprezada a verdade!
Oh! Como aumenta e ganha força a apostasia!

Já está brilhando, ó guarda, a estrela matutina?
Que um novo dia, de esperança, sinaliza?
Que venha logo o sol que tudo ilumina,
Com toda força e de forma tão precisa;

Que afasta as trevas tão escuras deste mundo,
Que traz à Igreja do Senhor o real gozo,
Pois ama a Cristo com amor puro e profundo,
Como uma noiva esperançosa aguarda o esposo!

Gilberto Celeti

“Guarda, falta muito para acabar a noite? Guarda, falta muito?” (Isaías 21:11)

Salmo 119 – verso 116

Ampara-me, segundo a tua promessa, para que eu viva; não permitas que eu seja envergonhado na minha esperança.” (Salmo 119:116).

Como enumerar as diversas tentações, provações, situações e dificuldades, que nos deixam atribulados, perplexos, quando somos perseguidos e muitas vezes até derrubados? São circunstâncias que surgem inesperadamente, sem aviso, e que sem a intervenção do Senhor podem nos afastar da confiança nEle e das suas promessas, levando-nos a titubear na esperança.

O salmista destaca duas realidades que considerava valiosíssimas, e das quais não desejava, jamais, em tempo algum, abandoná-las: A promessa de Deus, pela qual ele afirmava que vivia e a esperança de que Deus é fiel em cumprir o prometido.

Ao considerarmos aqueles que viveram no período coberto pelas escrituras do Antigo Testamento, desde Abel até João Batista, há uma marca inconfundível nos santos de Deus: foram homens e mulheres que oraram como o salmista: “Ampara-me, segundo a tua promessa, para que eu viva; não permitas que eu seja envergonhado na minha esperança.” (Salmo 119:116). E apesar das mais diversas oposições que o povo de Deus sempre experimentou a verdade que permanece para sempre é esta: “Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor havia falado à casa de Israel; tudo se cumpriu.” (Josué 21:45).

Neste Salmo acróstico, com blocos de oito versículos para cada letra do alfabeto hebraico, estamos no bloco (113 a 120) cujos versos iniciam-se com a letra “Samech”, que significa e transmite a ideia da bênção do cuidado e da proteção, tão necessárias num mundo tão hostil e perigoso que nos rodeia.

A palavra em hebraico que dá início a este versículo é SÅMËKHENY que quer dizer “Sustenta-me”, também traduzida por “defenda-me”, “ampara-me”. Temos aqui um pedido especial do salmista: “Ampara-me… não permitas que eu seja envergonhado…” Ele está orando assim: “Senhor proteja-me, impeça-me de cair. Favoreça-me para que eu não caia”. Quando o Senhor Jesus Cristo ensinou aos seus discípulos sobre oração, incluiu no que chamamos de oração modelo, um pedido semelhante: “… e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal…” (Mateus 6:13).

Temos no Antigo Testamento alguns exemplos de servos de Deus, que até falharam e que “por pouco”, quase perderam a promessa e a esperança:

  • JÓ, que experimentou a adversidade extrema, e pela imensidão de seu sofrimento, chegou a desesperar-se da própria vida, dizendo: “Pereça o dia em que nasci e a noite em que se disse: ‘Foi concebido um homem!’ Por que não morri ao nascer? Por que não expirei ao sair do ventre de minha mãe? Por que houve um colo que me acolhesse, e seios, para que eu mamasse? Porque agora eu repousaria tranquilo; dormiria, e então haveria para mim descanso” (Jó 3:3,11-13).
  • DAVI que quando confrontado pelo Espírito de Deus pela instrumentalidade do profeta Natã, verdadeiramente arrependido orou: “Esconde o teu rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me lances fora da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti. Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará o teu louvor.” (Salmo 51:9-15).
  • ELIAS, o profeta que serviu num tempo de profunda apostasia, cujos feitos poderosos, como por exemplo, o fogo do céu que veio e consumiu o holocausto, demonstrando de maneira extraordinária a Glória de Deus, logo em seguida sentiu vontade de morrer e orou: “Basta, Senhor! Tira a minha vida, porque eu não sou melhor do que os meus pais.” Dizendo ainda em sua oração: “Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada. Só fiquei eu, e eles estão querendo tirar-me a vida.” (1 Reis 19:4,14).
  • JEREMIAS, também profeta, experimentou desprezo e maus tratos violentos, tendo sido inclusive aprisionado num poço tendo ficado atolado na lama. O livro de Lamentações, por ele escrito, descrever cenas de dor e sofrimento intensas. Jeremias também desejou não ter nascido e registrou estas palavras: “Maldito o dia em que eu nasci! Não seja bendito o dia em que a minha mãe me deu à luz! Maldito o homem que deu a notícia a meu pai, dizendo: ‘Nasceu o seu filho! É um menino!’, causando-lhe grande alegria. Que esse homem seja como as cidades que o Senhor , sem ter compaixão, destruiu! Que ele ouça gritos de dor pela manhã e alarido de guerra ao meio-dia, porque não me matou no ventre materno. Então a minha mãe teria sido a minha sepultura, e ela teria ficado para sempre grávida. Por que saí do ventre materno tão somente para ver trabalho e tristeza e para que se consumam de vergonha os meus dias?” (Jeremias 20:14-18).
  • ASAFE, pertencia a tribo de Levi, que tinha ao seu encargo o serviço do templo que incluía também o louvor. Era um músico no tempo de Davi e Salomão e há vários salmos que foram escritos por ele. No salmo 73 ele conta como quase caiu e se tornou motivo de vergonha, ao constatar o fato que os ímpios desfrutam de prosperidade e quase não enfrentam problemas, ao contrário daqueles que procuram andar com Deus, e mesmo assim, passam por lutas e dificuldades. Ele chegou a registar a sua experiência dizendo: “Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos maus.” (Salmo 73:2,3).

Em todos eles, e muitos outros, como eles, esta oração foi necessária: “Ampara-me, segundo a tua promessa, para que eu viva; não permitas que eu seja envergonhado na minha esperança.” (Salmo 119:116).

O Novo Testamento tem início mostrando como a promessa feita por Deus quando da queda do homem se concretizou. Milênios se passaram e o descendente da mulher, o Messias, finalmente chegou. Jesus veio para destruir as obras do diabo e tirar o pecado. Quando da sua apresentação no templo em Jerusalém, pelos seus pais, quando ainda era bebê, temos estas orações e testemunhos registrados:

  • SIMEÃO: “Em Jerusalém havia um homem chamado Simeão. Este homem era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. Ele tinha recebido uma revelação do Espírito Santo de que não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel.” (Lucas 2:25-32)
  • ANA: “Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era bem idosa, tendo vivido com o marido sete anos desde que tinha se casado. Agora era viúva de oitenta e quatro anos. Ela não deixava o templo, mas adorava noite e dia, com jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.” (Lucas 2:36-38).

Jesus Cristo, que foi gerado no ventre de Maria pelo Espírito Santo, nasceu, cresceu, viveu em perfeita obediência a Deus, sem pecado, entregou-se à morte na cruz do Calvário, como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29), uma vez que “sem derramamento de sangue não há remissão de pecado” (Hebreus 9:22), foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está assentado à direita de Deus.

As últimas palavras de Jesus aos seus discípulos, antes de seu retorno ao céu foram estas: “vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra. Depois de ter dito isso, Jesus foi elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fixos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois homens vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: — Homens da Galileia, por que vocês estão olhando para as alturas? Esse Jesus que foi levado do meio de vocês para o céu virá do modo como vocês o viram subir. Então os apóstolos voltaram do monte das Oliveiras para Jerusalém. A distância até a cidade é de cerca de um quilômetro.” (Atos 1:8-12)

Não muitos dias depois da ascenção de Cristo, “ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Estavam morando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Assim, quando se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que foi tomada de perplexidade, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam atônitos e se admiravam, dizendo: Vejam! Não são galileus todos esses que aí estão falando? Então como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes. Como os ouvimos falar sobre as grandezas de Deus em nossas próprias línguas? Todos, atônitos e perplexos, perguntavam uns aos outros: O que será que isso quer dizer?” (Atos 2:1-12)

Então Pedro se levantou, junto com os onze, e, erguendo a voz, dirigiu-se à multidão nestes termos: Homens da Judeia e todos vocês que moram em Jerusalém, tomem conhecimento disto e prestem atenção no que vou dizer……… o que está acontecendo é o que foi dito por meio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz Deus, que derramarei o meu Espírito sobre toda a humanidade” (Atos 2:14,16-17).  Pedro trouxe o que podemos chamar de a primeira pregação, deste novo tempo que se inaugurava, com a formação da Igreja, o Corpo de Cristo, composto por todos quantos creem em Cristo de qualquer língua, povo e raça da terra. que entre outras verdades destacam-se:

“E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Israelitas, escutem o que vou dizer: Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus diante de vocês com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou entre vocês por meio dele, como vocês mesmos sabem, a este, conforme o plano determinado e a presciência de Deus, vocês mataram, crucificando-o por meio de homens maus. Porém Deus o ressuscitou, livrando-o da agonia da morte, porque não era possível que fosse retido por ela.” (Atos 2:21-24).

“Portanto, toda a casa de Israel esteja absolutamente certa de que a este Jesus, que vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo. Quando ouviram isso, ficaram muito comovidos e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Pedro respondeu: Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo. Porque a promessa é para vocês e para os seus filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar. Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvem-se desta geração perversa. Então os que aceitaram a palavra de Pedro foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.” (Atos 2:36-41).

Desde então, todos os verdadeiros cristãos são aqueles que podem dizer: “Pois nós também, no passado, éramos insensatos, desobedientes, desgarrados, escravos de todo tipo de paixões e prazeres, vivendo em maldade e inveja, sendo odiados e odiando-nos uns aos outros. Mas quando se manifestou a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor por todos, ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia. Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.” (Tito 3:3-7).

Para todos os cristãos, o apóstolo Pedro deixou bem clara a realidade que enfrentamos aqui neste mundo, ao escrever-nos: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que não pode ser destruída, que não fica manchada, que não murcha e que está reservada nos céus para vocês, que são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para ser revelada no último tempo. Nisso vocês exultam, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejam contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da fé que vocês têm, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado pelo fogo, resulte em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. Mesmo sem tê-lo visto vocês o amam. Mesmo não o vendo agora, mas crendo nele, exultam com uma alegria indescritível e cheia de glória, obtendo o alvo dessa fé: a salvação da alma.” (1 Pedro 1:3-9).

Semelhantemente aos santos do Antigo Testamento, nós os santos e fiéis em Cristo Jesus de agora, vivemos também amparados segundo as preciosas promessas da Palavra do Senhor, e aguardamos esperançosos o retorno de Cristo. Alcançados pela graça de Deus, somos, pela mesma graça educados “para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Ele deu a si mesmo por nós, a fim de nos remir de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, dedicado à prática de boas obras.” (Tito 2:11-14)

Os dias são difíceis e trabalhosos, a apostasia avança furiosamente, tem surgido,  cada vez com maior frequência, “escarnecedores com as suas zombarias, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda?” (2 Pedro 3:3,4). Precisamos também orar como o salmista: “Ampara-me, segundo a tua promessa, para que eu viva; não permitas que eu seja envergonhado na minha esperança.” (Salmo 119:116). E também orarmos uns pelos outros como fez o apóstolo Paulo: “Peço ao Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, que conceda a vocês espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele. Peço que ele ilumine os olhos do coração de vocês, PARA QUE SAIBAM QUAL É A ESPERANÇA DA VOCAÇÃO DE VOCÊS, qual é a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual é a suprema grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder.” (Efésios 1:17-19).

Lembremo-nos sempre das palavras do apóstolo João: “E agora, filhinhos, permaneçam nele, para que, quando ele se manifestar, TENHAMOS CONFIANÇA E NÃO SEJAMOS ENVERGONHADOS, TENDO DE NOS AFASTAR DELE NO DIA DA SUA VINDA. Se sabem que ele é justo, reconheçam também que todo aquele que pratica a justiça é nascido de Deus. Vejam que grande amor o Pai nos tem concedido, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E todo o que tem essa esperança nele purifica a si mesmo, assim como ele é puro.” (1 João 2:28-3:3).

SALMO 119 – VERS0 114

“Tu és o meu refúgio e o meu escudo; na tua palavra eu espero.” (Salmo 119:114).

É surpreendentemente maravilhoso examinar cuidadosamente o maior capítulo da Bíblia,  onde fica patenteada a superioridade, a sublimidade, a veracidade e a atualidade da Palavra de Deus. O salmista escreveu o salmo 119 em 22 blocos, com 8 versículos em cada, bloco, fazendo um acróstico seguindo a ordem alfabética.

Estamos no segundo versículo iniciado com “Samech”, a 15ª. letra do alfabeto hebraico que tem o som do “S” em português. O texto começa com a palavra “SITËRY” que significa “(o) meu refúgio”. A letra “Samech” contém entre os seus significados a ideia de ser uma Muralha que protege de todos os lados. Ela tem um formato arredondado como um “cerco que protege”.

Como não trazer a memória, meditando neste versículo, o texto do salmo 91, versos 1 e 2: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor : ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.’”?

Muitos estudiosos atribuem a autoria deste salmo, assim como o de número 90, a Moisés. Se pensarmos em Moisés, sendo ainda um bebezinho, tão frágil, num cestinho de junco, calafetado com betume e piche, largado à beira do rio, até o instante em que subiu ao monte Nebo, avistou a terra que, sob juramento, Deus prometera a Abraão, a Isaque e a Jacó, e ali morreu sendo sepultado pelo próprio Senhor, ficaremos maravilhados pois Moisés tinha chegado aos 120 anos de idade, e não se haviam escurecido os seus olhos e nem havia se abatido o seu vigor. Sua vida toda é um testemunho e exemplo de ter sido vivida tendo Deus como seu refúgio e seu escudo. Sim, Moisés foi um homem que esperou continuamente na Palavra do Senhor. (Salmo 119:114).

Nada pode ser melhor do que esperar na Palavra do Eterno Deus e viver tendo-O como o nosso refúgio e escudo, o nosso esconderijo. E nós O conhecemos por meio da revelação que ELE mesmo faz de Si mesmo em Sua Palavra, que é a verdade. Os Seus mandamentos, os Seus preceitos, a Sua lei é o que nos garante ampla, terna e completa proteção, como está registrado também no restante do salmo 91:3-16:

  • Pois ele livrará você do laço do passarinheiro e da peste perniciosa.
  • Ele o cobrirá com as suas penas, e, sob as suas asas, você estará seguro; a sua verdade é proteção e escudo.
  • Você não terá medo do terror noturno, nem da flecha que voa de dia,
  • nem da peste que se propaga nas trevas, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
  • Caiam mil ao seu lado, e dez mil, à sua direita; você não será atingido.
  • Somente com os seus olhos você contemplará e verá o castigo dos ímpios.
  • Você disse: ‘O Senhor é o meu refúgio.’ Você fez do Altíssimo a sua morada.
  • Nenhum mal lhe sucederá, praga nenhuma chegará à sua tenda.
  • Porque aos seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que guardem você em todos os seus caminhos.
  • Eles o sustentarão nas suas mãos, para que você não tropece em alguma pedra.
  • Você pisará o leão e a cobra; com os pés esmagará o leãozinho e a serpente.
  • Deus diz: ‘Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; eu o protegerei, porque conhece o meu nome.
  • Ele me invocará, e eu lhe responderei; na sua angústia eu estarei com ele; eu o livrarei e o glorificarei.
  • Vou saciá-lo com longevidade e lhe mostrarei a minha salvação.’

É realmente surpreendente ver o bebê Moisés, totalmente indefeso, lançado às margens do rio, num cestinho, sendo protegido da fúria de Faraó que havia condenado à morte todos os meninos que nascessem, sendo preparado para ser o instrumento de libertação do povo de Deus da escravidão do Egito, sendo usado para entregar ao povo de Israel uma legislação completa da parte do Eterno Deus, e também sendo usado para conduzir toda a nação “por aquele grande e terrível deserto de serpentes abrasadoras, de escorpiões e de aridez, onde não havia água” (Deuteronômio 8:15) até a entrada de Canaã, a terra prometida por Deus. Sem dúvida, as palavras: “Tu és o meu refúgio e o meu escudo; na tua palavra eu espero.” (Salmo 119:114), bem que poderiam ser proferidas também por Moisés.

Mais surpreendente ainda é olhar para outro bebê, Jesus, numa manjedoura em Belém, na mais extrema fragilidade, sendo protegido da fúria de Herodes, que também ordenou fossem mortos todos os meninos nascidos na mesma ocasião, para ser o instrumento de libertação de homens e mulheres de todas as nações, raças, povos e tribos da Terra, passando em toda a sua breve vida por grande e terrível oposição, até a mais extrema delas quando, sem motivo, foi entregue para ser crucificado. Lemos em Atos 4:25-27: “Se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs. Os reis da terra se levantaram, e as autoridades se juntaram contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque de fato, nesta cidade, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, se juntaram contra o teu santo Servo Jesus, a quem ungiste”. Sim, Jesus enfrentou a terrível morte por crucificação, e teve o seu sangue derramado, para que finalmente o pecado fosse tirado de todo aquele que nEle crê, e o caminho para a Canaã Celestial fosse aberto. Jesus, o Verbo do Altíssimo, viveu de forma cabal, cada momento de sua vida, refugiado no Senhor, submisso à Sua Palavra, esperando tão somente na Palavra de Deus. Sim, estas palavras: “Tu és o meu refúgio e o meu escudo; na tua palavra eu espero.” (Salmo 119:114), bem que poderiam ser proferidas também por Jesus Cristo.

Há um fato marcante na vida de Jesus Cristo, que nos remete ao Salmo 91, quando após quarenta dias em jejum, no deserto, foi confrontado e tentado pelo diabo. Em relação a uma destas investidas satânicas lemos: “Então o diabo levou Jesus à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse: Se você é o Filho de Deus, jogue-se daqui, porque está escrito: ‘Aos seus anjos ele dará ordens a seu respeito. E eles o sustentarão nas suas mãos, para que você não tropece em alguma pedra.’ Jesus respondeu: Também está escrito: ‘Não ponha à prova o Senhor, seu Deus.’” (Mateus 4:5-7).

O diabo, atrevidamente, usou os versos 11 e 12, exatamente do Salmo 91, que nos mostra de maneira maravilhosa como Deus nos livra de todo mal, inclusive do mal que é causado pelo “serpente”. A astúcia com que o diabo distorce os próprios textos bíblicos para iludir e enganar é imensa e é preciso ter em mente o todo da Palavra de Deus e só praticar algo que esteja inteiramente de acordo com a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita.

O salmo 119, contém 176 versículos para deixar bem evidente que conhecer a Palavra de Deus, e submeter-se a ela, é o que há de mais importante na vida. E não só nesta tentação especifica do diabo, mas nas outras duas, Jesus saiu vitorioso por apoiar-se na Palavra de Deus. Jesus repeliu cada ataque de satanás dizendo-lhe: “Está escrito!”. Este é o modelo.  “Tu és o meu refúgio e o meu escudo; na tua palavra eu espero.” (Salmo 119:114).

Ao fazer do Senhor o nosso refúgio e escudo, o que nos interessa é exatamente nos ater ao que Deus disse. Não é o que nos diz um outro homem, mesmo que tenha imensa autoridade religiosa, científica, filosófica, política, ou seja o que for. Tudo quanto precisamos saber já nos foi revelado, e não existe novidade a ser acrescentada, como já fomos instruídos por Judas:  “Amados, quando eu me empenhava para escrever-lhes a respeito da salvação que temos em comum, senti que era necessário corresponder-me com vocês, para exortá-los A LUTAR PELA FÉ QUE UMA VEZ POR TODAS FOI ENTREGUE AOS SANTOS. Pois certos indivíduos, cuja sentença de condenação foi promulgada há muito tempo, se infiltraram no meio de vocês sem serem notados. São pessoas ímpias, que transformam em libertinagem a graça do nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.” (Judas 1:3,4).

E também, mesmo que porventura surja algum ser espiritual, ou até mesmo um anjo trazendo alguma orientação, lembremo-nos do que nos instruiu Paulo: “Estou muito surpreso em ver que vocês estão passando tão depressa daquele que os chamou na graça de Cristo para outro evangelho o qual, na verdade, não é outro. Porém, há alguns que estão perturbando vocês e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu pregue a vocês um evangelho diferente daquele que temos pregado, que esse seja anátema. Como já dissemos, e agora repito, se alguém está pregando a vocês um evangelho diferente daquele que já receberam, que esse seja anátema.” (Gálatas 1:6-9).

Não importa qual seja a época, o século, ou o momento histórico em que estamos inseridos, nem quais as mudanças que ocorrem nas culturas e civilizações, se há algo que não muda nunca é o Senhor, como lemos em Malaquias 3:6: “Porque eu, o Senhor , não mudo” e também a Sua Palavra, como está escrito: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:16,17).

A grande marca dos servos de Deus em toda a história, foi a de “ESPERAR” na Palavra do Senhor.

  • Salmo 130:5-7: “Aguardo o Senhor , a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra. A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas anseiam pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã, espere Israel no Senhor , pois no Senhor há misericórdia; nele, temos ampla redenção.”
  • Miquéias 7:7: “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.”
  • Salmo 40:1-4: “Esperei com paciência pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um atoleiro de lama; colocou os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos. E me pôs nos lábios um cântico novo, um hino de louvor ao nosso Deus. Muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor . Bem-aventurado é aquele que põe no Senhor a sua confiança e não se volta para os arrogantes, nem para os que seguem a mentira.”

Paulo escreveu aos efésios: “Peço que ele ilumine os olhos do coração de vocês, para que saibam qual é a esperança da vocação de vocês, qual é a riqueza da glória da sua herança nos santos.” (Efésios 1:18). Que oração! Que saibamos qual é a esperança de nossa vocação como cristãos. Quem são, de fato, os cristãos? São aqueles que:

  • Renegam a impiedade e as paixões mundanas e “vivem neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo.” (Tito 2:11-13).
  • Deixaram os ídolos, “se converteram a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro e para aguardar dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira vindoura.” (1 Tessalonicenses 1:9,10).
  • Afirmam: “A nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” (Filipenses 3:18-21).

O fato é que para todo aquele que, arrependido do seu pecado, creu em Cristo, estas palavras do apóstolo João são preciosas demais: “Vejam que grande amor o Pai nos tem concedido, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.  E todo o que tem essa esperança nele purifica a si mesmo, assim como ele é puro.” (1 João 3:1-3).

E para o cristão foi que o apóstolo Pedro alertou: “Amados, esta é, agora, a segunda carta que escrevo a vocês. Em ambas, procuro, com lembranças, despertar a mente esclarecida de vocês, para que se lembrem das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, e também se lembrem do mandamento do Senhor e Salvador, que os apóstolos de vocês lhes ensinaram. Antes de tudo, saibam que, nos últimos dias, virão escarnecedores com as suas zombarias, andando segundo as próprias paixões e dizendo: ‘Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais morreram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.’” (2 Pedro 3:1-4).

Já estamos em pleno século 21, e estas palavras de Pedro se tornam muito relevantes. A expectativa da volta de Cristo estão desaparecidas. As preocupações e as atividades de muitos que se autodenominam cristãos tem a ver apenas com as melhorias das condições de vida aqui neste mundo que “jaz no maligno” (1 João 5:19). Paulo também escreveu a este respeito dizendo: “Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu lhes dizia e agora digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está naquilo de que deviam se envergonhar, visto que só pensam nas coisas terrenas.” (Filipenses 3:18,19). Exatamente para um tempo como este, as palavras de Pedro precisam ser relembradas:

“Mas há uma coisa, amados, que vocês não devem esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos são como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento. Porém, o Dia do Senhor virá como um ladrão. Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo fogo. Também a terra e as obras que nela existem desaparecerão. Uma vez que tudo será assim desfeito, vocês devem ser pessoas que vivem de maneira santa e piedosa, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus. Por causa desse dia, os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos se derreterão pelo calor. Nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça.” (2 Pedro 3:8-13).

Como poderemos viver, nos dias atuais, esperando na Palavra do Senhor? Eis o segredo, precisamos atender a recomendação: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor : ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.’” E pode dizer como o salmista: “Tu és o meu refúgio e o meu escudo; na tua palavra eu espero.” (Salmo 119:114).

E qual é o esconderijo do Altíssimo? Qual é a sombra do Onipotente? É o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! EM CRISTO! Este é o segredo. Identificados em Cristo. Como está escrito em Colossenses 1:27: “Cristo em vocês, a esperança da glória.”

“Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, estando enraizados e edificados nele, e confirmados na fé, como foi ensinado a vocês, crescendo em ação de graças. Tenham cuidado para que ninguém venha a enredá-los com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.” (Colossenses 2:6-8).

Finalmente, atendamos as palavras finais que Paulo deixou com os crentes de Éfeso ao despedir-se deles, após um período de três anos de ensino: “Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho no qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, aparecerão no meio de vocês lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que até mesmo entre vocês se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás de si. Portanto, vigiem, lembrando que, durante três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, cada um de vocês. Agora, pois, eu os entrego aos cuidados de Deus e à palavra da sua graça, que tem poder para edificá-los e dar herança entre todos os que são santificados.” (Atos 20:28-32).

Percebeu bem o último versículo? “Agora, pois, eu os entrego aos cuidados de Deus e à palavra da sua graça, que tem poder para edificá-los e dar herança entre todos os que são santificados.” (Atos 20:32). É exatamente isto: estarmos entregues aos cuidados do Senhor e à Sua Palavra! É dizer como o salmista: “Tu és o meu refúgio e o meu escudo; na tua palavra eu espero.” (Salmo 119:114).

Senhor, na guerra desigual
da luta contra o mal
sê Tu o general.

Da astúcia do inimigo,
da emboscada
e do perigo,
vem livrar e dar escape.

Só confio em Tua graça e
em Teu poder vitorioso.

Tu que salvas e libertas
mantém minha boca aberta
pra louvar-Te e bendizer-Te.

És a única esperança
e é nesta confiança
que a minha alma assim descansa.

Gilberto Celeti

Salmo 119 – verso 49

“Lembra-te da promessa que fizeste ao teu servo, na qual me tens feito esperar” (Salmo 119:49).

Chegamos ao 7º Bloco de 8 versículos que iniciam com a letra “Zayin”, a sétima letra do alfabeto hebraico. Esta letra tem uma aparência de espada, e tem os seguintes significados: arma ou espada, embora, por ter a mesma raiz possam significar também: sustento ou alimento. Por estar ligada ao número 7, alguns consideram que esta letra significa: conclusão, plenitude, bênção e descanso, pois foi no sétimo dia que a obra abençoada da criação estava plenamente concluída e Deus descansou. Há ainda duas palavras iniciadas com “Zayin”: tempo e lembrança, que para alguns estudiosos são o significado desta letra

É interessante notar, que nesta série de oito versículos, é a palavra lembrança que se destaca, aparecendo três vezes, inclusive dando início ao versículo 49: “Lembra-te da promessa”.

Que oração é esta? Que Deus se recorde das promessas que Ele mesmo fez? Ou seria uma outra maneira de dizer: Senhor, não deixe sair da Tua lembrança o que o Senhor mesmo prometeu? O salmista está ansiosamente esperando e abre o coração diante de Deus na expectativa que Ele finalmente faça vir, faça acontecer, o que Ele mesmo prometeu.

Asafe, no Salmo 77 expressa fortemente este sentimento dizendo: “Elevo a Deus a minha voz e clamo, elevo a Deus a minha voz, para que me atenda. No dia da minha angústia, procuro o Senhor; erguem-se as minhas mãos durante a noite e não se cansam; a minha alma não encontra consolo. Lembro-me de Deus e começo a gemer; medito, e o meu espírito desfalece. Não me deixas pregar os olhos; tão perturbado estou, que nem posso falar. Penso nos dias de outrora, trago à lembrança os anos de tempos passados. De noite indago o meu íntimo, e o meu espírito pergunta: “Será que o Senhor nos rejeitará para sempre? Acaso, não voltará a ser propício? Cessou perpetuamente a sua graça? Caducou a sua promessa para todas as gerações? Será que Deus se esqueceu de ser bondoso? Ou será que encerrou as suas misericórdias na sua ira?” (Salmo 77:1-9). Asafe chega a perguntar: Será que caducou a sua promessa? A palavra caducou traz a ideia de que o prazo de validade acabou, e a promessa ficou invalidada. O que tornou a animar Asafe foi que ao reconhecer a sua aflição, tirou os olhos de si mesmo e da situação em que se encontrava e trouxe a sua memória os feitos do Senhor, o Seu poder e as maravilhas por Deus realizadas no passado. Leia o Salmo todo, muito precioso.

O fato é que as promessas de Deus não ficam invalidadas. Se há algo que se pode dizer sobre as promessas de Deus, Josué, no final de sua vida deixou bem evidente quando falou: “Eis que hoje sigo pelo caminho de todos os mortais, e vocês sabem de todo o coração e de toda a alma que nem uma só promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor, seu Deus, lhes falou; todas se cumpriram, nem uma delas falhou. E assim como se cumpriram todas estas boas coisas que o Senhor, seu Deus, lhes prometeu, assim o Senhor também cumprirá contra vocês todas as ameaças, até que os destrua de sobre a boa terra que o Senhor, seu Deus, lhes deu. Se violarem a aliança que o Senhor, seu Deus, lhes ordenou, e forem e servirem outros deuses, e os adorarem, a ira do Senhor se acenderá sobre vocês, e logo vocês desaparecerão da boa terra que ele lhes deu” (Josué 23:14-16).

Encontramos na Palavra de Deus promessas e profecias e embora haja semelhanças entre elas é importante estar atento às diferenças

Ambas são declarações de algo que acontecerá no futuro, e sendo feitas por Deus é absolutamente garantido que se darão como foi por Ele anunciado Em linhas gerais, as promessas têm a ver com aquilo que é bom, agradável e que trará satisfação. Já as profecias estão mais ligadas a juízos que ocasionarão dor e sofrimento. Josué, em suas últimas palavras, de sua longa e experiente vida, expressou isso muito bem: “E assim como se cumpriram todas estas boas coisas que o Senhor, seu Deus, lhes prometeu, assim o Senhor também cumprirá contra vocês todas as ameaças…….. se violarem a aliança que o Senhor, seu Deus, lhes ordenou, e forem e servirem outros deuses, e os adorarem, a ira do Senhor se acenderá sobre vocês….” (Josué 23:15,16). Josué vivenciou, ao lado de Calebe 40 anos de peregrinação pelo deserto; ambos viram ser sepultados no deserto toda a geração que com eles saíra do Egito, mas que devido à sua incredulidade, não entraram na “Prometida” Terra.

Um fato que precisa ser destacado é que a história bíblica tem como eixo central a confiança na primeira promessa que Deus fez quando da queda do homem, de que viria um descendente, nascido de uma mulher, para tirar o pecado e destruir as obras do diabo. Promessa que foi sendo repetida ao longo do tempo, ano a ano, década a década, século a século, milênio a milênio.

Outras promessas foram dadas por Deus, como por exemplo após o dilúvio, quando fez uma aliança com Noé colocando nas nuvens o arco-íris como sinal de que nunca mais os seres vivos seriam destruídos pelas águas de um dilúvio. (Gênesis 9:11-16).

Ao chamar Abrão dizendo-lhe: “Em você serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:3) Deus formaria uma família, que se tornaria uma nação, para que dentro deste povo viesse o descendente que salvaria a humanidade. Que história incrível! Como tudo sempre pareceu demorado! A própria vinda do herdeiro de Abraão pareceu-lhe muito demorada. Lemos que patriarcas, Abraão, Isaque, Jacó e seus descendentes, embora animados com a promessa de Deus, todos eles morreram na fé e “não obtiveram as promessas, mas viram-nas de longe e se alegraram com elas, confessando que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (Hebreus 11:13).

Temos nas Escrituras as alianças de Deus com Abraão, Moisés, Davi, sempre tendo em vista a chegada do Redentor. Daniel teve a revelação de Deus sobre todo o desdobramento da história, desvendando o sonho do Nabucodonosor, anunciando os reinos que se seguiriam e com a promessa sempre evidenciada, como esta que encontramos em Daniel 9:24: “Setenta semanas estão determinadas para o seu povo e para a sua santa cidade, para acabar com a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos.” Várias profecias são reveladas para Daniel e no final do seu livro ele registrou: “Eu ouvi, mas não entendi. Então perguntei:  Meu senhor, qual será o fim destas coisas? Ele respondeu: Siga o seu caminho, Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até o tempo do fim” (Daniel 12:8,9). No penúltimo versículo Daniel registra uma bem-aventurança preciosa que ouviu do Senhor: “Bem-aventurado o que espera” e estas palavras finais, que fecham seu livro profético: “Quanto a você, siga o seu caminho até o fim. Você descansará e, ao fim dos dias, se levantará para receber a sua herança” (Daniel 12:12,13).

“Lembra-te da promessa que fizeste ao teu servo, na qual me tens feito esperar” (Salmo 119:49). Esta tem sido, em toda a história, a oração dos servos de Deus que esperam o cumprimento da Palavra de Deus.

Para nós hoje, que vivemos após a vinda de Jesus Cristo, que O recebemos como nosso Senhor e Salvador, temos esta consciência de que Ele é a nossa esperança, “Cristo Jesus, nossa esperança” (1 Timóteo 1:1). E ficamos maravilhados com esta realidade descrita pelo apóstolo João: “Vejam que grande amor o Pai nos tem concedido, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E todo o que tem essa esperança nele purifica a si mesmo, assim como ele é puro” (1 João 3:1-3).

E vivemos na expectativa do futuro, sabendo que “O próprio Espírito confirma ao nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se somos filhos, somos também herdeiros; herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo, se com ele sofremos, para que também com ele sejamos glorificados” (Romanos 8:16,17). E nesta porção da Palavra de Deus, somos ensinados pelo Espírito Santo, por meio de Paulo desta realidade extraordinária: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não por sua própria vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será libertada do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança. Pois quem espera o que está vendo? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos” (Romanos 8:19-25).

E quantas vezes, diante das circunstâncias que surgem ao nosso redor, algumas bem angustiantes, somos levados a orar também como o salmista: “Lembra-te da promessa que fizeste ao teu servo, na qual me tens feito esperar” (Salmo 119:49).

O fato é que para nós, que vivemos no “tempo”, tudo nos parece acontecer muito demoradamente, enquanto para Deus, que “habita a eternidade”, “um dia é como mil anos, e mil anos são como um dia” (2 Pedro 3:8). Inclusive falando desta maneira, o apóstolo Pedro afirma: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada” (2 Pedro 3:9).

E encontramos no livro de Hebreus 10:35-39 está exortação muito necessária: “Portanto, não percam a confiança de vocês, porque ela tem grande recompensa. Vocês precisam perseverar, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcancem a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não irá demorar; mas o meu justo viverá pela fé; e, se retroceder, dele a minha alma não se agradará. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição, mas somos da fé, para a preservação da alma”.

Fiquemos firmes “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tito 2:13), e diante desta oração do salmista, que muitas vezes é também a nossa: “Lembra-te da promessa que fizeste ao teu servo, na qual me tens feito esperar” (Salmo 119:49), sejamos encorajados pela Palavra que diz: “E o Deus da esperança encha vocês de toda alegria e paz na fé que vocês têm, para que sejam ricos de esperança no poder do Espírito Santo” (Romanos 15:13).

SÓ HÁ UMA ESPERANÇA PARA O MUNDO

A presente condição da sociedade
Que vem sendo nesta crise revelada
Deixa claro que o pecado e a maldade
Mantém a humanidade escravizada.

A mentira, a malicia, a ambição,
O orgulho, a inveja, o conflito,
O esquema imenso de corrupção,
A impunidade para o delito.

Só existe pra isto tudo uma saída,
Que na eternidade já foi planejada,
E Deus Filho, para o tempo, foi trazido
E uma cruz, na história, ficou levantada.

Quando o homem reconhece o seu pecado
E percebe que de Deus é inimigo
Chega arrependido e é reconciliado
Pois Jesus, na cruz, tomou o seu castigo.

E porque na história há um túmulo aberto
Sua vida é inteiramente transformada,
No poder de Jesus Cristo, ressurreto
Diferente agora é a sua caminhada.

Não existe para o mundo esperança.
Só Jesus, o Cristo é o único caminho!
Oh! Preguemos o evangelho, sem tardança,
Neste mundo onde há tanto burburinho.

Gilberto Celeti

“Irmãos, venho lembrar-lhes o evangelho que anunciei a vocês, o qual vocês receberam e no qual continuam firmes. Por meio dele vocês também são salvos, se retiverem a palavra assim tal como a preguei a vocês, a menos que tenham crido em vão. Antes de tudo, entreguei a vocês o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. (1 Coríntios 15:1-4)

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